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[F] jardim botânico | 22/jan às 16:48 | [+10]

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Mensagem por Eliel Sundfør Sáb Ago 24, 2019 11:49 pm

frostbite

Eliel já estava a postos no jardim botânico. Usando o nome falsificado de David Strommer, ele entrou em contato com o Instituto Xavier por intermédio de uma ligação. Nela, ele havia pedido para que alguém o encontrasse no jardim botânico naquele horário específico. Era uma armadilha, no entanto. Como um espião, Eliel já estava acostumado a se arriscar diariamente para caçar as suas presas. Ele era um grande caçador, uma grande arma criada no intuito de capturar e matar pessoas.

Quando ele foi vendido para o X-Factor, ficou sob posse da Lady X, diretora do programa criado no intuito de cravar as mãos em mutantes. Ele achava tudo aquilo estranho: caçar pessoas iguais à ele, prendê-las – ele estava acostumado a matar, apenas – e interrogá-las, conseguindo informações. A vida de espião era difícil: era muito mais fácil apenas matar. Ele quase sentia saudade da sua época como Arma X-27. Apesar disso, sua estadia nas instalações da X-Factor era boa: ele era bem tratado, recebia boa comida e era tratado como uma pessoa normal – exceto quando recebia alguma missão: aí ele virava apenas um espião ou um robô aos olhos da insidiosa Lady X.

Esperando, avistou ao longe um rapaz que, segundo seus relatórios, tratava-se de um mutante e um membro honrado dos X-Men. David Strommer, agora a nova identidade de Eliel, era um garoto assustado e com poucas informações que os X-Men poderiam rastrear: eles encontraria o básico; que ele não tinha pai ou mãe na certidão de nascimento. Ele crescera em um orfanato clandestino que vendia mutantes para alguma empresa maligna, e o pobre David fugira. Bem, era isso que Eliel havia criado, enquanto a X-Factor se encarregara de cobrir o resto, como sua identidade falsa.

— Olá, sou David. Ninguém tá te seguindo, não é? Não quero que eles me encontrem. — Eliel olhou ao seu redor. Ele realmente estava assustado: haviam incontáveis mutantes no instituto Xavier, que formavam uma escola e também um grupo de super-heróis. Ao todo, deveriam haver uns 100 mutantes. E ele não iria querer enfrentar todos, apenas um.

Ele estendeu a mão para o rapaz, logo sentando-se no banco do parque e olhando para os lados. Ele podia extravasar sua preocupação com o papel de jovem assustado. O segredo da atuação era mesclar a verdade e transformá-la em uma mentira.

— Podemos ir para algum lugar um pouco mais reservado? Tem uma casa abandonada atravessando a rua. Eu pareço doido, mas eu só quero fugir! Eles maltratam a todos nós no orfanato e... eu falei pouco na mensagem, é que eu tava fugindo, então tive pouco tempo... você pode me ajudar?

A mentira era grande, mas ele contava com ela e a sua atuação. Os X-Men eram altruístas, bondosos e bobos, então provavelmente ele conseguiria passar a perna com facilidade no rapaz.
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Mensagem por Gilliard Sawyer Dom Ago 25, 2019 4:16 pm

Sorry Not Sorry
'Cause the grass is greener under me. Bright as technicolor, I can tell that you can see :heavy_multiplication_x:


Um dia de folga das crianças enquanto estão em aula, passando tempo no jardim em meio ao pouco de natureza presente ali. Escutar que estavam bem era como um pequeno doce em meio ao desgosto das notícias recentes e entender como muitos vilões agiam me assustava às vezes. Acho que foi um dos originais que disse isso em aula uma vez “Todos temos o potencial para o mal, assim como para o bem. Não há garantia real.” Só que mais além do que apenas potencial, é a compreensão das razões de quem pratica o mal, pois para ele pode ser justificado na lógica distorcida dele.

Uma das árvores “podada” por algum poder enérgico concordou com o que pensei. Faria sentido diminuir a população mundial, a recuperação do planeta sem a humanidade já é bem longa, quem dirá com essa evolução constante e exorbitante exploração dos baixos recursos. Ficar à toa era pior que ir à terapia, pois eu preferia um lugar calmo e isso significava uma crise existencial do meu papel no mundo. Para aqueles crentes em Deus, nós mutantes recebendo de fato dons muitas vezes aleatórios por Ele e isso deve significar algo.  

Quando estava terminando o ensino médio me peguei pensando no meu futuro uma vez que até mesmo cogitei aqueles outros grupos, ainda como mitos não sendo um X-Men ativo. Não posso dizer que realmente me arrependo, é como colocar um ponto final das ideias, saber quer as escolhas dos meus pais não eram erradas para mim. Ser um X-Men não era como ser um herói de quadrinhos, e as árvores me mostravam isso de maneiras que eu não poderia recusar as opiniões delas.

Meus pensamentos estavam longe, o rio na minha frente voltou ao foco dos meus olhos, as árvores novamente ao fundo e então a voz dela, Renée. Uma tossida e novamente a minha mente afastou aqueles devaneios com minha cabeça se virando para ela e os esporos foram voltando para mim. Aparentemente eles eram um mecanismo de defesa involuntária enquanto estava perdido nos meus pensamentos. Ela me entregou um papel de um recado recente e o encontro era urgente aparentemente, confirmei com a cabeça e ela voltou para dentro da escola.

Respirei fundo olhando uma última vez para o lago antes de me virar e seguir parte do caminho que a garota fez, virando no final para os fundos e usar meu braço com galhos para escalar direto pro meu quarto. Arrumei um conjunto de roupas comuns do meu estilo, após o banho vestiria elas por ser uma versão melhor do que ir de uniforme chamando atenção de qualquer um. Calças claras, um par de all stars tradicionais e uma camisa estampada com flores. Enfim seguindo para o tal jardim botânico, pegando uma carona com um dos grupos que fariam outra missão, mas como iam passar perto poderiam pelo menos me deixar perto sem se desviarem do caminho.

Tenho que dizer que estar no meio deles com todos de uniforme era quase engraçado ainda mais por serem de outro esquadrão e ouvindo algumas instruções de missões me deixando mais que perdido. Lembrando do recado e já tendo memorizado aquelas palavras anotadas, agradecendo a carona e então tendo de andar o restante do caminho. Era estranho ir para um local teoricamente meu território, seria planejado, ou coincidência? Não rastrearam nada demais sobre o garoto e a foto que tinha no recado limitava quem eu via ali não demorando para encontrar. Lembrando dos detalhes e passando pelas folhas verificando o básico se ele, ou a mim estavam sendo seguidos, se tinha quem os observava, assim como me manter informado de novidades.

Confirmei com a cabeça e em seguida neguei com a cabeça: - Pode me chamar de Gilliard, não viria aqui te ajudar se estivessem me seguindo. Pode ficar tranquilo comigo por perto. - Cumprimentei o garoto e me sentei ao seu lado no banco percebendo uma inquietação no mesmo, ainda sem muitos dados sobre quem realmente o perseguia tendo claramente um buraco na história dele e podendo incluir outro grupo de mutantes. Sinalizei com as mãos para o garoto tentando acalmá-lo e tentei tranquilizar ele explicando um pouco: - Confie em mim, aqui estamos mais do que seguros, pode acreditar. Tem vigias ao nosso redor e por todo o jardim, se aparecer problemas vou saber antes que se tornem perigo para nós.

Gesticulei com o indicador direito e sorri: - Não vim aqui despreparado. Pode explicar melhor o que houve e quem te persegue? - Mentira. Na verdade, havia ido sozinho sim e estava me aproveitando completamente do ambiente para ajudar na missão. Contudo, aquele garoto estava escondendo o motivo do porquê pediu ajuda, não constando muitas informações na rede e mais ainda por ter mantido seus problemas sem menção no pedido de ajuda.

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Gilliard Sawyer
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Mensagem por Eliel Sundfør Seg Ago 26, 2019 1:43 am

frostbite

Eliel sabia pouco sobre os mutantes, mesmo sendo um. Como um prisioneiro, suas informações eram muito limitadas e o seu conhecimento sobre o mundo em si era mais limitado ainda. Seja como fosse, agora Eliel era um espião e não apenas um assassino, e isso significava que ele precisava aprender mais e mais. Tudo o que ele sabia sobre os X-Men ele havia aprendido com um jovem rapaz que ele salvara dias atrás, vítima de preconceito humano. Segundo o menino, o super-grupo era composto por heróis valorosos, cheios de honra e que sacrificaram suas vidas para salvar o mundo de uma tempestade cósmica que estava vindo para a Terra.

Gilliard, um dos moradores do instituto Xavier, parecia mais como um universitário ou um adolescente comum do que um herói. Sem características sobressalientes, sem deformações mutagênicas, sem uniformes colorido nem nada do tipo. Ele só parecia... comum. Fazia sentido, vide que David precisava de discrição. Gentil, Sawyer falava coisas que Sundfør jamais pensou poder ouvir. Ele parecia genuinamente preocupado com a sua situação, vindo salvá-lo e ofertando um lar à ele mesmo sem conhecê-lo direito. Eles eram realmente tão estúpidos? Apesar de bobos, havia certo charme nos X-Men, uma bondade nata deles que os fazia parecer realmente incríveis. Era preciso ter coragem para ser bom em um mundo como esse.

Ao falar sobre vigias, o coração do espião parou por uns segundos. Vigias? Preocupado, ele discretamente olhou à sua volta e tentou sorrir, mas acabou meio que grunhindo sem jeito e de forma nervosa. Eliel coçou a nuca, desfazendo seu penteado e deixando seus fios escuros um pouco desgrenhados.

— Não deveria ter feito isso, eles podem machucá-los — e Eliel falava a verdade: se os batedores da X-Factor aparecessem ali, certamente os vigias que Gilliard levaram seriam facilmente abatidos e levados. A tecnologia que eles tinham à sua disposição era apavorante de tão avançada. Querendo saber dos detalhes, Sawyer parecia ser um rapaz gentil, tinha olhos dóceis e uma aura agradável, porém havia esperteza nele. Se Sundfør atuasse demais em seu personagem, ele facilmente seria descoberto.

Sendo assim, Frostbite decidiu que era uma boa ideia improvisar, como era de seu costume. Suas mãos se enfiaram no bolso, provavelmente Gilliard nada perceberia, afinal fazia frio e era inverno. Tocando num dos botões de seu dispositivo, acionou os batedores. Eles sairiam de suas posições, atacando o mutante X-Man e escoltando Eliel – e isso traria veracidade à sua declaração de que ele estava fugindo. Os vigias seriam pegos facilmente nesse embalo. Os batedores, entretanto, não vieram.

— Tem certeza? Só estão vocês dois aí, não acho que precise de ajuda, X-27. — Murmurou mal-humorado um dos batedores do outro da linha. Respondendo-o, Eliel apenas coçou a orelha negando o soldado, posicionado do outro lado da rua e vendo-os de uma janela.

— Bem — pigarreou Eliel, unindo as mãos. — Eu cresci em um pequeno orfanato fora de Nova Iorque, e à medida que eu fui crescendo percebi que praticamente todos os meninos dali eram mutantes. Sem contar que, em determinadas idades, aos dezessete e dezoito, eles sumiam e nossa única resposta era de que eles "encontraram um novo lar". Aparentemente, eles eram levados para um projeto conhecido como Arma X.

Por incrível que pareça aquilo era verdade: em um pequeno orfanato, não em Nova Iorque e sim em Oslo, o pequeno Eliel havia sido "comprado" e levado para o projeto Arma X, crescendo então em um laboratório subterrâneo. Era sempre esperto unir a verdade à mentira e torná-la mais verídica.

— Acho que deve ter ouvido falar no projeto Arma X, o James Howlett, ou o Wolverine, fez parte dele — comentou Eliel distraidamente, tentando fazer o outro cair em seu papo, mas foi então que uma coisa bem importante veio à tona: ninguém sabia que o Wolverine era do projeto Arma X, nem seu nome verdadeiro era conhecido pelas pessoas. Outro fator era que todos o conheciam como Logan, identidade que ele assumiu após fugir do projeto Arma X e ter amnésia.

Porcaria.

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Mensagem por Gilliard Sawyer Ter Ago 27, 2019 1:16 am

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Neguei com a cabeça estreitando as sobrancelhas tentando ser gentil apesar de não entender a preocupação dele. Levantei a mão direita me arrumando no banco: - Ei, ei. Você nos chamou, então confie em nós. Eu admito que não sei quem está te caçando, ou o acesso que essas pessoas tem, mas posso garantir que não viemos te causar problemas, e sim ajudar. - Abaixei a mão para a perna, me deixando receoso se ele iria embora, ou ficaria ainda. Essa história de ajudar sem saber os exatos termos me irritava, é como fazer discurso para receber votos sem prometer nada, mas não tem como prometer com certeza. Literalmente é pisar em ovos com pés de gigante.

Ele parecia nervoso colocando as mãos nos bolsos e depois as unindo mostrando algum receio em mim. Com certeza ele tinha suas dúvidas em mim e eu queria entender melhor toda as variáveis dele para ao menos compreender seu ponto de vista mesmo que não pudesse ajudar. Ouvindo as palavras dele, minha boca parecia seca não conseguindo engolir direito apesar de sentir a saliva ali parecendo outra coisa com a minha falta de resposta. Um orfanato que as crianças eram criadas como porcos pro abate até que uma desse certo e pudessem replicar seja lá o que desse certo.

Engoli em seco fechando a mão e a deixando aberta na perna, não havia real sentido em ficar nervoso com aquilo, pois não tinha real conhecimento daquilo. Era como uma fofoca de alguém aleatório, não tinha como eu saber e provavelmente mesmo se soubesse antes não importaria de verdade a princípio. Minha mente ficou vazia com uma perturbação próxima, girando meu corpo no banco e tocando a perna dele sussurrando: - Fica quieto. - Não sabia o que exatamente, mas estávamos com companhia ali perto.

Me ergui do banco olhando ao redor pensando em criar algo, ou usar alguma coisa no solo próximo se precisasse segurar, ou distrair para uma fuga. Dois adolescentes saíram entre os caminhos das árvores, ambos sem jeito e nervosos com serem pegos, ele foram se aproximando e a garota começou: - Desculpa, é que.... - O garoto seguiu explicando: - Nós te vimos fora do jardim e achamos que é o Gilliard, filho da estilista Zoe Vandervaart e irmão do modelo Jonas. - Confirmei com a cabeça e arqueei as sobrancelhas indicando para prosseguirem. Eles pareciam só ter pensado até ali e sinalizei com os indicadores para uma foto perguntando se era aquilo que queriam.

Sinais positivos de cabeça, logo tiraram os celulares dos bolsos e fiz questão de virarem para que David não ficasse ao fundo, e tirassem mais de uma justamente para não haver reboot se estivessem desfocadas. Logo saíram dali e enquanto via eles se afastando de nós, pude voltar para o banco me sentando ao seu lado novamente e avisando: - Desculpe, isso é um evento isolado e totalmente não planejado. - Levantei as mãos sorrindo sem graça: - É sério. Geralmente isso é mais profissional e eu não tenho desculpas.

Desviei o olhar um pouco, tentando focar melhor no que era o objetivo. Suspirei e questionei enfim: - Você explicou sobre o orfanato e o queriam de você, mas quem são eles? Está atrás de ajuda para os outros? - Era uma dúvida que agora ficava mais forte, ele parecia ir até certo ponto sem deixar tudo muito claro.

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Mensagem por Eliel Sundfør Qui Ago 29, 2019 12:52 am

frostbite

Gilliard parecia ser uma boa pessoa, com intenções genuinamente boas e um bom espírito. Eliel se sentiu um pouco culpado, frustrado, até. Ele achava que ao ser vendido para a X-Factor ele perseguiria mutantes ruins e então levá-los à justiça, pondo-os detrás das grades como um grande agente ou um policial de bem, mas seus sonhos haviam sido rechaçados ao perceber que seus chefes eram nada mais, nada menos, que grandes filhos da puta manipuladores. Eles não ajudavam a humanidade, eles perpetuavam a bárbarie anti-mutante e espalhavam o preconceito, apenas.

Quando duas crianças apareceram para pedirem uma selfie com Gilliard, seja lá o que aquilo fosse, Eliel observou a empatia do moreno, sua simpatia natural e sua bondade. Não havia como ele competir ou sequer planejar tirar dele aquela sua graça. Pondo-se de pé após ouvir o outro, Eliel assente para o rapaz e estende a mão, ignorando suas perguntas – ele não precisava disso no momento.

— Agradeço a compreensão, mas acho melhor manter distância, eles são perigosos e não pode lidar com eles sozinho. Eu me viro. Foi um erro contatar vocês. — Erguendo as mãos em um pedido de desculpas, Eliel deu meia volta, as mãos enfiadas no bolso enquanto ele se separava rapidamente de Gilliard e começava a atravessar a rua buscando distância.

A sua direção era a casa abandonada onde provavelmente ele vivia, caso David realmente existisse e sua história fosse verdadeira. Ele abriu a porta, fechando-a atrás de si e correndo para os fundos. Com sorte, Gilliard iria segui-lo.

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Mensagem por Gilliard Sawyer Qui Ago 29, 2019 2:28 am

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Em algum momento eu perdi totalmente o garoto, ele não parecia assustado, ou incomodado pela atenção que recebi. Lembrando do que falaram, tinha de ser discreto, como um mutante não estava causando qualquer alarde com algo visível, ou os poderes transparecendo. Independente disso acompanhei o outro se levantando e indo embora, a casa que ele “ficava” era perto dali. A sensação era estranha, não era de falhar, parecia uma empatia com algo que eu não sabia o que era exatamente.

Revendo as informações e toda aquela conversa, sentia realmente algum tipo de “falha” da minha parte, mas toda a questão de empatia parecia certa. Algo ali não estava batendo, sabia que algumas informações não haviam como saber sem que David falasse, mas era como um corte do tempo em que perdesse um momento chave de todo aquele encontro. As plantas não notaram ninguém o seguindo para fora do jardim, então sem perseguidores ali, então talvez a culpa não fosse minha.

Ele poderia ter fugido, mas a coisa toda ainda estivesse presente e o mesmo ficasse preso como Logan ficava em suas lembranças fragmentadas. A prisão dele não era mais algo físico desse orfanato e as crianças sendo cobaias até que pudessem virar as armas sem livre arbítrio. Me levantei do banco me despedindo das plantas no caminho, pegando algumas sementes no caminho para os jardins debaixo do meu quarto.

O cheiro era agradável e observando o caminho de fora ficaria revendo aquele encontro tentando cogitar algum meio que ele não fosse embora. Passando em uma linha reta naquela rua pensando em algo que pudesse fazer ele ficar, ou no mínimo explicar melhor as variáveis da sua condição. Chegando na esquina encarando a faixa e o sinal verde para atravessar, sentindo todo meu corpo ir contra a tentação que ia ceder. Não ia conseguir me desculpar se não fizesse, porém já estava me arrependendo de não ir embora de imediato porque o garoto deveria ter seus motivos.

Girando os pés no chão e retornando o caminho para o jardim, atravessando a rua com uma das mãos nos bolsos mexendo nas sementes como um exercício tranquilizante. Bate na porta com o punho da outra mão e chamei pelo David, já negando com a mão imaginando um grito negando abrir, ou outra coisa. Ficando fora do caminho da porta não querendo ser pego desprevenido se parte da preocupação dele fosse válida com perseguidores em sua cola. A casa não chamava atenção, porém se tivesse danos em seu interior também não faria diferença, então ficar pronto com investidas na retaguarda era o mínimo que poderia fazer com um fugitivo de um projeto abusivo com mutantes.

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[F] jardim botânico | 22/jan às 16:48 | [+10] Empty Re: [F] jardim botânico | 22/jan às 16:48 | [+10]

Mensagem por Eliel Sundfør Qui Ago 29, 2019 5:05 pm

frostbite

Eliel estava dividido, fragmentado em meio a seus pensamentos. Parte dele queria cumprir com o seu acordo no trato da X-Factor, prendendo-o e levando-o às autoridades. Outra parte dele, queria fazê-lo fugir, avisá-lo do perigo de se envolver com aquela organização ditadora e pedir desculpas. No fundo, X-27 sabia do risco de ir contra a X-Factor, Camille, Lady X e todo o governo. E também lá no fundo, Sundfør sabia qual era a escolha certa. Vendo Gilliard atravessar a rua e ir na sua direção, Eliel o observou do primeiro andar e trocou um olhar com o único espião designado para acompanha-lo em caso de problemas.

— Venha comigo, Taurus, preciso da sua ajuda — ordenou o moreno para o mutante, cujos poderes envolviam força e resistência aprimoradas. Ele assentiu, descendo com Eliel pelas escadas e pedindo para o moreno se esconder por detrás da porta. — Pegaremos ele de surpresa. Ele é burro e distraído, vai ser fácil pegá-lo. — Comentou o espião para o parceiro, que assentiu.

Assim que o outro bateu à porta, Eliel a entreabriu, olhando para os lados com desconfiança. Para Gilliard, provavelmente ele estava com medo olhando as pessoas buscando algum inimigo, mas a verdade era que o mutante gélido buscava identificar as câmeras de filmagens. Todas eram distantes, e a mais próxima seria incapaz de ver o que aconteceria dentro daquela casa. Eles estavam em um ponto cego. Sorrindo sem jeito, Sundfør abriu a porta e deixou o outro entrar.

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[F] jardim botânico | 22/jan às 16:48 | [+10] Empty Re: [F] jardim botânico | 22/jan às 16:48 | [+10]

Mensagem por Gilliard Sawyer Dom Set 01, 2019 3:34 pm

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Para um vilão aquilo não seria bem um esconderijo, pois mesmo um local pequeno pode chamar atenção estando daquele jeito malcuidado. Sim, parecia abandonado, mas na visão pelo que havia entorno dela como o próprio Jardim Botânico. Aquilo destoava muito sem qualquer esforço e na possibilidade de quem sabe ser um posto intencional de disfarce que eu não compreendia por não ser um espião, pra mim era como um dos primeiros lugares de se verificar.

Enfim abrindo a porta, minha mente indo longe com o que ele poderia falar, mas antes de mais nada ficou olhando ao redor de nós. Podiam ser inimigos, ele ter percebido algum sinal além das plantas, elas poderiam não ser treinadas como ele e por isso ter permitido algum detalhe passar. Não era uma desculpa pela conexão com elas poderia perceber as mesmas coisas, então possíveis suspeitos estariam sob os meus olhos também. Suspirei tentando separar as coisas um pouco melhor, ele tinha um julgamento diferente mesmo e não poderia questionar se não entendia de verdade as implicações de sua situação.

Sorrindo de modo sem graça, neguei com a cabeça apoiando minha mão na parede: - Eu não quero te perturbar, mas o que queria de verdade? Se estivesse fugindo poderia ir para a mansão, se fosse para ajudar alguém teria pedido mais pessoas. - Cocei a testa um pouco, semicerrando os olhos não querendo ser inconveniente demais, porém não conseguindo voltar atrás sem uma resposta decente. Respirei fundo e o olhei nos olhos: - Eu sei como pode ser difícil se desprender de velhos hábitos, tenho cinco alunas muito insistentes em desafiar autoridade com poderes telepáticos e elas não facilitam mesmo.

Sorri lembrando delas e dando de ombros um pouco: - Só tente se permitir viver um pouco, não vai ser fácil se livrar de velhos hábitos. Nós X-Men estamos estaremos você sabe onde quando estiver disposto. - Suspirei olhando seus olhos um pouco mais, me virando e atravessando a rua mais uma vez voltando para o caminho para a Academia.

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[F] jardim botânico | 22/jan às 16:48 | [+10] Empty Re: [F] jardim botânico | 22/jan às 16:48 | [+10]

Mensagem por Eliel Sundfør Ter Set 03, 2019 12:15 pm

frostbite

Um olhar rápido foi trocado entre Eliel e Taurus. Indecifrável, o homem mantinha seus olhos negros fixos no nada, apenas atento a Gilliard e na chance perfeita de pegá-lo e rendê-lo. Engolindo em seco, Sundfør se surpreendeu positivamente com a insistência do colega mutante: ele veio até sua “casa”, atrás de uma pessoa que ele sequer conhecia e que nem havia aceitado a sua ajuda. Aquilo tocou uma parte profunda do coração do mutante criocinético, fazendo-o ponderar sobre como todos os X-Men eram, como eles se ajudavam e tentavam a todo custo criar um mundo melhor. Eles não eram arrogantes, muito menos queriam destruir esse mundo ou a humanidade à força; eles apenas queriam igualdade, justiça e liberdade.

Por um momento, foi como se as palavras de Gilliard não afetassem Eliel, passando direto por seu corpo e fazendo o moreno até mesmo lacrimejar. Baixando a cabeça, Sundfør gaguejou várias vezes, porém deu de ombros muito lentamente, desolado.

— Eu não sei por que chamei vocês, honestamente. Creio que pensei ser a coisa certa, mas eu me enganei. Sinto muito. — Despedindo-se do belo X-Man, Eliel fechou a porta com força assim que o outro deu as costas, já sendo empurrado por Taurus, que lhe desferiu um soco no rosto e conseguiu jogá-lo contra o chão frio de madeira.

Convertendo a energia cinética das mãos em gelo, X-27 as cobriu pelo elemento e atirou uma estalactite no meio da testa do outro. Rápido e limpo. O enorme homem caiu morto no chão, o pedaço de gelo afundando-se ainda mais na sua cabeça e perfurando-a de vez, desaparecendo no buraco feito. Ainda caído e ofegante, o moreno pensou numa forma de mentir no relatório de sua missão. O que fazer? Sem opções, Sundfør correu e se apressou para sair dali o quanto antes. Ele precisava alcançar Gilliard e ir para os X-Men. E urgente, pois ele tinha horário marcado para voltar para a X-Factor – e o chip em seu pescoço era uma garantia para que ele jamais se atrasasse, além de um ótimo rastreador.

— Taurus foi morto pelo rapaz, no entanto eu estou indo atrás dele. Daqui a uma hora entrarei em contato novamente. — Falou Eliel ao pequeno dispositivo comprido do tamanho de uma carta de tarô, mentindo enquanto olhava a casa em chamas logo atrás de si.

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[F] jardim botânico | 22/jan às 16:48 | [+10] Empty Re: [F] jardim botânico | 22/jan às 16:48 | [+10]

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