[F] parque da ponte Brooklyn | 10/jan às 14:45 | [+18]
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reaper
Os tempos eram complicados, notava Nathan assistindo aos noticiários. Aparentemente, vários helicópteros que foram enviados para sobrevoar o Atol do Bikini voltaram de mãos vazias, sem fazerem a mínima ideia dos planos dos seres que se denominavam inumanos. Eles aparentemente viviam numa cidade artificial em uma redoma invisível na área escura da Lua, indetectáveis para a pobre tecnologia do nosso mundo. Depois de ver vários vídeos com os hologramas gigantescos dos reis daquele povo falando, de repente Nathan passou a ver seu celular como primitivo e sua internet como pré-histórica. Sua estadia na Irmandade de seu pai, o Magneto, deveria ter sido breve, porém, por motivos que nem ele poderia explicar, teve de permanecer ao lado do vilão. A verdade era que Nathan gostava de ter um pai, o admirava, apesar de seus ideais de grandeza e ódio aos humanos. Se ele fosse um pouco mais controlado, poderia ter criado uma dinastia de admiração e amor para os mutantes, assim como Charles Xavier construíra no passado – algo inédito, sendo que os anos 70 e 80 foram horríveis para os mutantes.
— O tempo de amor passou, filho — respondia Max com seu capacete posto em sua cabeça, seus olhos brilhando arroxeados — e agora precisamos estabelecer regras. Chega de aceitarmos calados e de cabeça baixa.
E não havia nada que Nathan pudesse falar ou fazer que mudasse o pensamento de seu pai. Ele era grato por finalmente conhece-lo, mas o pobre cigano romeno não havia tido mais nenhuma casa ou lar a não ser a Irmandade. O que ele faria sem seu pai? Ele se sentia preso, atribulado e confinado em uma espiral de pensamentos sombrios que não eram seus. Como se não bastasse, o grupo de mutantes reunidos na casa de Max costumeiramente o tocavam, deixando-o irritado e com memórias, poderes e psiques dentro da sua mente deixando-o louco. Como forma de relaxar, o loiro foi até a praça espairecer os pensamentos. O clima estava razoável, com um céu nublado e a ponte do Brooklyn mostrando todo o trânsito cheio.
E então, eis que Nathan houve uma mulher gritar, enquanto um rapaz alto e usando máscara corre com a bolsa dela nas mãos. Pegando uma pedra, o rapaz sequer pensou: atirou a pedra com toda a força, porém errou e a mesma foi na direção de um rapaz sentado em um banco. Essa não...
nathaniel maximoff
「R」Nathaniel Maximoff
If you want it, take it
Luca Khasser
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Tudo deveria ser pacífico e tranquilo naquele local. Desde que havia chegado aos Estados Unidos, Nathan usava aquele lugar como uma espécie de Santuário. Olhando a ponte do Brooklyn, enorme vista daqui, o loiro sonhava com uma vida melhor e com um futuro melhor para ele. Agora, com esse assaltante e sua pedra indo na direção errada, Nathan percebia que talvez precisasse mudar o seu lugar de calma e tranquilidade. Um rapaz criou um chicote de energia, revelando ser um mutante e prendendo o assaltante no chão. Como que por mágica, um policial chegou na hora certa e, prendendo o bandido, saiu de perto.
— Er... — piscando os olhos, Nathan olhou para o policial e, confuso, virou-se para o rapaz que ele quase acertara com uma pedrada – e que só se salvara por ter utilizado seus poderes que pareciam ser algum tipo de manipulação de energia ou telecinese, ou ambos.
Foi então que ele o tocou. A sensação era como um sopro gélido e fresco durante o verão, ou como beber um copo cheio de refrigerante com gelo num dia quente de outono... era... refrescante, mas ao mesmo tempo gerava uma espécie de choque muscular, como se fosse um espasmo. A região tocada ficou acinzentada, fazendo com que Nathan levasse a mão direita automaticamente a testa tentando disfarçar o desconforto. Memórias invadiam a mente do Ceifador, deixando-o um pouco tonto com as memórias. Havia um pai e uma mãe, uma escola, alunos praticando tiro ao alvo com armas...?
— Céus, quantas memórias. — Reclamou Nathan, sentindo aos poucos voltar ao normal enquanto piscava os olhos fortemente tentando recobrar os sentidos.
Em um piscar de olhos, Nathaniel estava atrás do rapaz, demonstrando habilidades de teletransporte. No segundo seguinte, estava de frente para ele novamente. Segurando-o nos ombros com força, Maximoff tentou desesperadamente tentar manter-se estável. Quantos poderes aquele rapaz tinha? Telecinese, manipulação de algum tipo de energia e teletransporte? Sem sombra de dúvidas ele deveria ser bem poderoso. E Nathan claramente não tinha cacife para lidar com tanta coisa de uma só vez.
— Certo, hm, olá, me chamo Nathan. Por que me tocou, hein? Agora vou ficar com seus poderes por no mínimo umas vinte horas. — Tentando soar o mais educado o possível, Maximoff sabia que ele não fazia ideia de que ele era mutante ou que ele tinha poderes de absorção. Agora restava apenas aceitar e tentar lidar com aquele poder da melhor forma a possível.
nathaniel maximoff
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Luca Khasser
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Os poderes que Nathan havia absorvido estavam descontrolados. Sem ter como lidar com tantas habilidades diferentes dentro de um espectro apenas, o mutante da Irmandade acabou sendo transportado pelo outro para dentro da academia X. Assim que ouviu isso da boca do outro, Maximoff engoliu em seco. Caso seu pai ficasse sabendo daquilo, ele iria odiar. O rapaz se chamava Luca e, aparentemente, ele tinha contato com diversos outros X-Men. Ele era um deles, que ótimo! Magneto provavelmente arrancaria os ossos do filho caso descobrisse aquilo.
— Me leve de volta, posso descobrir como me controlar sozinho. Anda, Luca, eu preciso voltar! — deixando transparecer certa vulnerabilidade, Nathan se desesperou e apontou para fora da região do instituto. — Eu não posso ficar aqui. — Como membro da Irmandade, haviam barreiras que ele não podia ultrapassar e aquela o loiro havia acabado de quebrar. Estar com os X-Men era algo terrível e, a essa altura, provavelmente sua prima Wanda deveria estar vendo isso em suas visões.
Luca parecia ser bondoso, mas sua ação havia colocado em risco não só os X-Men, como o próprio Nathan. Cruzando os braços nervosamente, o Ceifador deu uma rápida olhada ao seu redor, vendo beleza e tranquilidade naquele santuário. Bem, o instituto não parecia ser o campo de concentração de lavagem cerebral como seu pai fazia parecer ser. Até que parecia... ser legal. Ao comentar sobre ele fazer uma verificação profissional, rapidamente Nathan relembrou que odiava hospitais e, especialmente, agulhas. Ele odiava quando invadiam seu espaço pessoal e o tocavam demais.
— Nada de médicos, enfermeiros ou agulhas. — Afirmou o loiro, ficando de costas para a mansão e pensando na sua casa na Irmandade. Se ele se concentrasse do jeito certo, iria poder se transportar para lá em instantes. Fechando os olhos, Nathan pensou com força, porém nada aconteceu. Droga.
nathaniel maximoff
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Luca Khasser
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Luca insistia que o Instituto Xavier era o melhor lugar para Nathan, cuja reação foi um rolar de olhos quando ele estendeu as mãos. Se ele falasse a verdade; sobre ele ser filho de Magneto e um membro da Irmandade, com toda a certeza ele seria preso ali e nunca mais veria a luz do sol. Ao comentar sobre as memórias, Luca deixava um pouco claro que ele se preocupava com isso. Será que ele tinha algo escondido? Nathan não queria descobrir, pois poderia ser coisas muito desagradáveis e ruins, além, claro, dele provavelmente absorver um pouco da psique dele e talvez imitá-lo, caso procurasse muito a fundo. Ponderando, o loiro por fim acabou aceitando, dando um soco leve e de brincadeira no ombro alheio – sem ser na sua pele, obviamente.
Luca realmente demonstrava uma preocupação bela com Nathan, de um modo que seu pai jamais havia exibido e que ele sentia falta. Na Irmandade, ele se sentia sozinho e desamparado, exceto talvez por sua amizade com a sua prima Wanda. Se todos os X-Men fossem assim, talvez eles não estivessem tão errados em serem tão bondosos e plácidos. Eles pareciam se ajudar como comunidade, ao invés de se unirem contra inimigos em comum.
— Tá. Tudo bem, eu vou com você, mas... olha, eu já fiz isso antes, com mutantes e com humanos e eu posso garantir que as memórias se esvaem depois de um tempo. O máximo que pode acontecer é eu absorver as suas habilidades mutantes e físicas, entende? Memórias não são muito a minha praia. — Tentou explicar Nathan que, apesar de não conhecer modos de controlar seus poderes para tocar fisicamente os outros, ele sabia muito bem como eles funcionavam. Ele podia absorver a psique, energia vital e habilidades mutantes, sendo que a absorção de psique englobava mais coisas, como personalidade, habilidades físicas e memórias.
— Que tal fecharmos um acordo? Você me examina como um bom doutor e me deixa sair sem maiores perguntas? Se meu pai souber que eu estou me encontrando com os X-Men ele iria surtar... Então, eu proponho: você me deixa ir tranquilamente após a análise e, quem sabe, eu te dou um beijinho? — propôs o loiro com um sorriso de lábios fechados, um pouco malicioso, até.
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