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[missão] caverna abandonada em Israel | 22/jan às 16:00 | [L]

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Mensagem por Haylo Dom Set 01, 2019 6:58 pm

Código:
Data: 22/01/20
Descrição: uma garota de origem muçulmana foi até seu país em uma excursão, entretanto a garota encontrou no meio de uma antiga cidade bombardeada uma caverna, onde nesta haviam cristais terrígenos. Ela atualmente está em um casulo e vai precisar de ajuda e apoio para quando se ver livre. Seu nome é Kamala Khan.
Requisitos: ser de Nova Attilan
Concluída por:

DEATH comes to all


Sabe o que mais me admira no grandioso castelo dos inumanos? A tecnologia absurdamente avançada que não consegue nem mudar a intensidade de um alarme. Acordei com um pulo assim que o alarme da sala de comando ecoou pelos corredores. Treinamento àquela altura do campeonato? Gente doida.

Ignorei os chamados insistentes do chefe da guarda e da chefe da espionagem para que todos os colaboradores de Nova Attilan comparecessem ao salão de operações. Arrumei com calma meu uniforme, batendo um pouco da poeira nos ombros, vesti cada peça no meu tempo e fui até o salão - que era literalmente do lado de meus aposentos - em um passo tranquilo.

Esse humor era exatamente o contrário do que transparecia entre os agentes que lotavam o salão. Alguns comentando sobre “absurdo”, outros de “calúnia” e mais uns terceiros com “aberração”. Sorri ao imaginar pela primeira vez que não era sobre mim que falavam, pois no painel gigantesco acima de todos estava um mapa da terra, com foco em um canto qualquer de Israel.

— Finalmente alguém que entende sobre essa coisa — Vídia, a líder dos espiões, agitou suas asas roxas de fada obscura. — Haylo, você precisa nos ajudar.

— Preciso? Desde quando? — estranhei a urgência. Empurrei com certa impaciência os inumanos no meu caminho e cheguei até o palanque, mexendo nos controle do painel para entender o que estava acontecendo. — Meus deveres são com o rei, não com uma multidão apavora…

Merda.

O painel mostra leituras surpreendentemente altas de radiação terrígena em um canto esquecido de Israel, especificamente em um canto mais afastado de Jerusalém, mas ainda em um raio seguro entre a ocorrência e a cidade.

Não era novidade para ninguém ali que os cientistas liderados por Karnak faziam escaneamentos diários de manifestações da nuvem terrígena, desde o dia em que um deles começou a suspeitar da ocorrência de cristais com a essência que nos transforma em inumanos escondidos em cantos remotos do planeta.

O que estava chocando a todos não era apenas o salto nos níveis de radiação naquele lugar, mas sim a presença de uma forma de vida adulta ali. Provavelmente em coma, já que o mero contato com a forma gasosa da terrígena nos faz desmaiar antes de nos transformarmos. Eu que o diga.

— Valeryan sabe disso? — fuzilei Vídia e o líder dos soldados com certo ódio. Os dois negaram, cabisbaixos. — Têm noção do que estão escondendo do soberano de vocês? E se essa criatura ridícula que encontraram resolver acordar expor nossa natureza inumana antes da inauguração? Hm? Acham bonito? — A multidão se calou diante de minha raiva. Se aquela coisinha insignificante acordasse e Valeryan tomasse conhecimento desse deslize, me esfolaria vivo. Suspirei profundamente e me virei para um dos soldados de pele azul e escamosa que me olhava assustado. Sua crista de camaleão tremeu e ele mudou para amarelo. — Me leve até o hangar. SEM DISCUSSÕES. Reunião encerrada, voltem aos seus afazeres. Já!

O salão de dispersou com rapidez. Segui Golias até o nível subterrâneo do castelo, que ficava quase na mesma altura que a calçada do mercado principal. As luzes da garagem onde diversas naves repousavam ou estavam sendo reparadas por seus piloto se acenderam. Alguns se assustaram com a minha presença. Afinal, Conselheiros mal saem do castelo sem a companhia de um membro da realeza.

— Eu quero essa — apontei para a nave mais discreta e estreita, com espaço para um piloto na frente e um passageiro atrás. — Golias, me passe as coordenadas da ocorrência e mantenha contato comigo enquanto eu estiver na missão. Valeryan só deverá ser informado de minha ausência assim que eu voltar. Não devo demorar muito.

Subi com certa destreza no veículo. Não era diferente de um carro. A maioria dos comandos já estava no piloto automático graças à ajuda do inumano-camaleão. Um pequeno painel com o mapa da Terra surgiu no vidro da frente. A imagem se aproximou até chegar nas coordenadas exatas do lugar, exibindo alguns códigos e letras que eu não conseguia entender em parte - dialeto inumano.

— Pronto para a decolagem, senhor? — o mestre do hangar perguntou no ponto eletrônico. — A rota mais segura é pelo que os humanos chama de Mar das Filipinas. De lá até o Oceano Índico não deve demorar.

— Iniciar protocolo de decolagem — ordenei e encaixei o cinto de segurança.

Algumas luzes se acenderam no painel enquanto eu manobrava manualmente a nave para sair do hangar. O enorme portão metálico se abriu e alguns mecânicos cobriram os olhos com a forte luz da manhã que entrava no lugar.

Parti sem muita demora, deixando para trás a segurança da barreira e o castelo, que ficava cada vez menor à medida que eu saía do arquipélago. Comecei a ponderar as opções que eu tinha assim que chegasse na caverna indicada pelo mapa que piscava na minha frente.

Eu poderia simplesmente acabar com tudo e destruir quem quer que estivesse enclausurado à mercê da terrígena, alegando um simples acidente e recuperando os cristais da caverna para aumentar a coleção de Nova Attillan. Valeryan entenderia, afinal, não haveria outra escolha.

No entanto, a opção de poupar quem quer que estivesse preso ali e usar como vantagem, mostrando o quão benevolente eu era por ter “salvado” sua vida me parecia mais prática, já que mais cedo ou mais tarde eu precisaria de aliados - e nenhum dos inumanos de Nova Attillan era confiável.

Sorri largamente, imaginando a surpresa que todos teriam ao ver que eu também tinha meus recursos. Além disso, era a desculpa perfeita para dispensar Jason e os gêmeos. Ups, eles morreram porque não foram cuidadosos e me ameaçaram, meu aliado só queria ajudar.

Patetas.

Cruzei o Oceano Índico e subi pelo Mar Arábico até Israel a uma velocidade absurda graças à nave. A melhor invenção dos inumanos, até então. Cheguei no território desértico e logo o comunicador começou a chiar.

— Sim, Golias? — revirei os olhos.

— Senhor? Consegue me ouvir? — sua voz falhava. — As leituras de radiação terrígena são impression... Cho que estão interferindo no sin… Uidado com o que encontrar na c… Orma de vida fêmea dete…

— GOLIAS! — berrei, batendo em meu ouvido numa tentativa fútil de arrumar o sinal. — Ai, bosta!

A caverna logo surgiu no horizonte. Verifiquei pelo radar se alguém me seguia. Nada. Apenas areia e vento. Pousei próximo da abertura rochosa e ativei o modo de camuflagem do veículo.

Desci pelas dunas até a caverna e espanei areia do uniforme. O calor da tarde, apesar de intenso, não me afetava. Um benefício, talvez, de viver em uma redoma de pura tecnologia dentro de um arquipélago que pulsava com a mais bela e frondosa natureza.

Uma nuvem de poeira amarelada cobria o chão da caverna. O leitor de radiação plugado em meu uniforme apitava, indicando a forte presença dos cristais e de suas formas gasosas. No fundo da magnífica boca de pedregulhos, atrás de intermináveis fileiras de estalactites e estalagmites gigantes, uma coluna em âmbar se destacava de todo o cenário.

Uma silhueta feminina estava ali dentro, parada. Golias estava certo. Uma garota estava ali, presa. Cruzei as pernas sentei próximo da “cabine”, esperando.

Não demorou muito para que o vidro se partisse e a misteriosa figura finalmente fosse revelada. Era uma adolescente, muçulmana, que usava um tipo de roupa típica de sua cultura, composta por uma túnica lilás e calças leves. um pano rosado cobria parte de sua cabeça e pescoço.

Segurei seu tronco quando a mesma caiu, desajeitada. Arrastei a garota ainda zonza até a estalagmite mais próxima. Quando seus olhos se abriram, um grito agudo escapou de seus olhos ao me encontrar. Seu corpo se encheu com uma misteriosa energia multicolorida e a mesma atirou um raio na minha direção. Desviei com destreza, mas sem deixar de me impressionar com aquilo

— Ei! — adaptei meu idioma para o mais próximo que conseguia da nacionalidade dela, graças ao tradutor no uniforme. — Amigo, amigo. Não vou te machucar.

— Fala árabe? — Ela se espantou ainda mais. — Djinn?

— Não, não. Longe disso — segurei uma risada. Ela achava que eu era um gênio da lâmpada? Da última vez que chequei, meu cabelo estava intacto e minha pele não era azul. — Vim te ajudar. Qual o seu nome?

— Kamala Khan — ela pareceu confiar um pouco mais em mim. Ótimo. — Me perdi da excursão quando passamos por essa cidade bombardeada. Achei a caverna tão bonita… Só queria explorar um pouco — ela olhou ao redor, um pouco assustada. — Onde estão meus colegas? Não posso perder o ônibus! Meus pais vão ficar preocupados.

— Acredito que seu ônibus já partiu, Kamala — entortei os lábios, com pena. — Onde você mora?

— É… Não lembro bem — ela parecia um tanto confusa. Me identifiquei, já que minha mente ficou enevoada quando despertei da transformação. — Minha cabeça está doendo.

— Venha, vou te levar para um lugar mais seguro — Apoiei um de seus braços em meus ombros e segui com a moça recém-despertada para fora da caverna.

De fato, destroços de uma cidade nos rodeavam. Era tanta areia que mal pude identificar as construções em pedaços, as calçadas destruídas e uma fonte ao fundo com uma única estátua de um profeta barbado resistindo ao cenário caótico.

Desativei a camuflagem da nave e Kamala se agarrou em mim, assustada. A tranquilizei, explicando de onde vinha e o motivo de encontra-la. Passamos algumas horas discutindo as circunstâncias da transformação e de como era horrível a sensação no começo, de estarmos perdidos e assustados, sem ter para onde correr.

— Você… É como eu? — ela perguntou, no final. — Sabe, faz essas coisas brilhantes e raios esquisitos?

— Não — sorri, pegando uma flor que bravamente cresci no deserto. Concentrei minha absorção naquele pequeno exemplar de flora e a sequei por inteiro, drenando toda energia vital. Poucos segundos depois, minha mãe brilhou, esverdeada. Criei pequenas bolas de energia e brinquei de malabarismo com elas. — Sei que é estranho, mas não sei fazer nada além disso.

— Tudo bem — ela pareceu não se importar. — Nas minhas aulas de teologia, o professor nos disse que Alá nos dá apenas aquilo que merecemos. Se você cria vida através da morte, então assim Ele quis. Eu acho muito bonito, na verdade. É bem poético.

Ajudei Kamala a se levantar e despachei a nave para que voltasse às coordenadas de Nova Attillan. Assim que cheguei no hangar, Golias, Vídia e mais algumas figuras de liderança dos inumanos me esperavam. Revirei os olhos e fiz uma bola de energia surgir de minha mão, afastando todos do meu caminho.

— Vou te deixar aqui, por enquanto — levei a garota até o quarto dos gêmeos, que abraçaram ela assim que a viram. — Espero que goste de crianças. Nunca pedi uma babá, mas acredito que Valeryan não vai se opor a isso.

Assim eu esperava.

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