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[M] escola pública | 11/jan às 16:30 | [TW]

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Mensagem por Eliel Sundfør Dom Ago 25, 2019 9:59 pm

Código:
Missão 3


Data: 11/jan/2020
Descrição: um jovem garoto foi atacado na saída da escola por valentões enquanto você passava. Vai ficar parado e sem fazer nada? Detenha-os e ajude o menino!
Requisitos: nenhum
Concluída por:

frostbite


A vida de Eliel era difícil. Ele havia crescido aprisionado, trancafiado e sendo treinado como uma arma assassina. Ele não sabia o que era amor, carinho ou afeto, e tudo o que ele conhecia era a dor e a morte. Quando ele foi vendido para a X-Factor, uma pequena esperança brotou em seu interior; ele poderia ser melhor, poderia trabalhar para o governo estadunidense e salvar pessoas, quem sabe ele conheceria os costumes humanos e aprenderia a ser como um deles? Mas quando ele viu do que realmente se tratava o grupo, ele tomou nojo e ódio.

Caçar mutantes era pior do que ser um assassino de aluguel, mil vezes. As pessoas que ele matava como Arma X-27 eram políticos corruptos, inimigos de Estado de diversos países e terroristas. Já os mutantes que eles caçavam... o que eles eram? Apenas mutantes, assim como ele mesmo o era. Isso era injusto, não era certo e Eliel se odiava por não ter alternativas a não ser obedecê-los. Claro, com um dispositivo de controle de seus poderes enfiado bem no seu peito, ficava difícil poder dizer não à eles.

Em mais uma de suas missões, Eliel deveria fazer uma breve ronda pelo Brooklyn buscando por mutantes. Ele não deveria atacar ou sequestrar, como por vezes ele costumava fazer; ele apenas iria observar à distância. Ele não gostava dessas rondas, pois dificilmente ele conseguia mentir devido aos anos a fio de controle e programação mental. Mas ele, aos poucos, começava a se sentir livre vagueando por aquelas ruas, de forma que suas rondas eram menos chatas e mais exploratórias. Em suas andanças, ele se deparou com uma escola. Como deveria ser? Eram inúmeras crianças amontoadas, reunidas e gritando, falando ao mesmo tempo e até mesmo discutindo. Como era aquilo? Só de imaginar a quantidade absurda de pessoas reunidas o estômago de Eliel se enchia de borboletas, deixando-o nervoso.

Foi então que ele viu um garoto levando um soco no rosto. Por que aqueles garotos estavam fazendo aquilo? Do outro lado da rua, Eliel estreitou o cenho e apenas observou, sentindo as mãos congelarem enquanto ele pensava se iria intervir ou não. Ele não poderia fazer aquilo, não era? A voz de suas chefes pipocavam na sua mente repetidamente, até que ele começou a atravessar a rua lentamente, desviando dos carros em velocidade baixa – era uma rua cheia de crianças em horário de saída, afinal.

— O que pensa que está fazendo? — a voz de Camille invadiu sua mente rispidamente, como sempre o dispositivo que controlava os seus poderes vibrava e deixava seus poderes instáveis quando ela começava a falar. O esfriamento diminuiu em suas mãos drasticamente, sua temperatura retornando ao normal imediatamente. — Sua missão é apenas observar e catalogar mutantes, por que vai ajudar um garoto sendo espancado? Ele é humano!

Recuando alguns passos, ele desviou, deixando os rapazes para trás enquanto ia na direção oposta do grupo de quatro meninos enormes batendo no pequenino. Eliel recordou de todas as sessões de espancamento quando ele era pequeno, como ele apanhava cruelmente de seus treinadores e como era obrigado a lutar, mesmo cansado, com fome e com calor.

— Ele é mutante, vi seus olhos brilharem e ficarem rosa — sussurrou baixinho o moreno para o pequeno broche em seu sobretudo que servia como câmera. O comunicador em seu ouvido estalou, emitindo um som alto que o fez curvar-se e atrair a atenção de algumas pessoas. Dispensando ajuda, Eliel atuou da melhor forma que pôde, recusando ajuda e sorrindo sem jeito. — Eu preciso ajudá-lo!

— Não, siga-o até a sua residência e informe o endereço à nós, e então iremos abordá-lo no momento mais oportuno para a sua captura. Não faça nada, Eliel, ou vou aumentar a frequência. — A voz ameaçadora de Schmidt fez o moreno fechar os olhos, pensando sobre o assunto. Ele não precisava dos seus poderes para surrar quatro adolescentes idiotas e preconceituosos.

— Desculpa, mas eu não posso — sussurrou o moreno, tirando seu comunicador e o broche com a câmera, pisando nos dois e dando meia volta, indo na direção dos rapazes. — Hei! Soltem o menino! — gritou o mutante, porém um dos rapazes retirou um canivete do bolso.

Ele avançou, vomitando palavras desrespeitosas e agressivas. Eles eram desorganizados, confiavam na força dos números e por isso se achavam os melhores. Assim que ele buscou atingir Eliel, o rapaz inclinou-se para trás, erguendo o joelho e atingindo o adolescente no estômago, ocasionando em um resfolegar dele e em sua arma voando de sua mão. O movimento seguinte foi erguer seu cotovelo direito e acertá-lo no queixo, aproveitando então de sua distração para finalizar com um mero tapa, forte o suficiente para desequilibrá-lo.

— Eu avisei: vão embora e não se machuquem! — advertiu Eliel. Ele não gostava de bater em crianças, mas se eles iriam partir para a violência, então que assim fosse.

O segundo e o terceiro foram de uma só vez, sendo que um tinha em mãos uma pedra. O pé esquerdo de Eliel foi direto no cotovelo do rapaz, no intuito de torcê-lo e também de fazê-lo largar a pedra, coisa que se provou efetiva quando o jovem se contorceu de dor. O terceiro que veio até o criocinético teve a infelicidade de ser acertado por um salto para trás, onde Frostbite ergueu suas pernas e atingiu o peitoral e rosto de seu oponente com os pés. O último segurava um canivete contra o pescoço do menino, mas, ao ver todos os pais, mães e outros alunos – incluindo professores e alguns seguranças do colégio –, ele largou a arma e saiu correndo.

E lá estava o menino machucado. Seu sangue era rosa, assim como seus olhos, e ele parecia bastante machucado, com um olho que sequer abria. Passando as mãos pelo rosto e pescoço buscando maiores fraturas, Eliel sentiu seus olhos arderem diante da visão do menino machucado. Sua pele escura estava cheia de escoriações e aquilo era muito injusto.

— Vá embora, se proteja e coloque alguns curativos, certo? — aconselhou Eliel, e foi então que de repente uma dor excruciante atinge sua cabeça e o moreno cai contra a calçada úmida. Era um dos rapazes, que havia usado uma pedra contra a sua cabeça. Frustrado, o espião deu uma rasteira no rapaz, já subindo por cima do mesmo e com uma estalactite de gelo na mão. Aparentemente, em situações de risco seus poderes saíam de seu interior, mesmo com o dispositivo de controle.

— NÃO! — gritou o menino de sangue e olhos rosa, fazendo Eliel franzir o cenho, confuso com o seu pedido. Por que não? — Não é isso que heróis fazem! Você não é um X-Men? Eles não matam pessoas, eles salvam elas!

Do que ele estava falando? Eliel ficou de pé, erguendo o rapaz ao segurá-lo pela gola da camisa e então o fitou. Ele era um ser humano desprezível, preconceituoso e perverso, por que ele deveria viver para continuar com seus atos de maldade? Parecia ilógico deixá-lo sobreviver.

— Quem são eles? — perguntou Eliel, ainda atônito com a sabedoria do menino, mesmo ele sendo tão novo e bonitinho.

— Se me pagar um sorvete eu te mostro.

— Fechado. — Riu Eliel.


E, durante quase trinta minutos, o pequeno Riley contou tudo o que sabia para Eliel: sobre as aventuras dos X-Men, registradas em recortes de jornais que ele tinha em um caderno, gibis do grupo e da fama meteórica que eles tiveram no fim dos anos oitenta e durante todos os anos noventa. Eles eram grandes heróis, eram mutantes e eram amados por todos, mas que infelizmente morreram em uma missão no espaço e deixaram milhões de mutantes e crianças órfãs.

Quando eles se despediram, Eliel ficou um pouco confuso e desnorteado. Como que sua missão era correta? Ele nunca havia sido fã das missões do X-Factor, mas agora tudo parecia ainda pior quando ele via todos os feitos dos X-Men. Com uma sensação incômoda no estômago, o moreno retornou para a base da X-Factor.
eliel sundfør
「R」
Eliel Sundfør
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