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[Missão] loja de penhores | 15/jan/20 às 10:45 | [+18]

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Mensagem por Nathaniel Maximoff Qui Ago 29, 2019 9:22 pm

reaper

Nathaniel havia nascido em um vilarejo na Romênia, sendo parte de uma tribo Romani de ciganos que vivia constantemente viajando pelo mundo em busca de um lar temporário. Em suas viagens, Maximoff encontrou Wanda e Pietro, seus primos, recém-fugidos da Sérvia por terem descoberto seus poderes mutantes latentes. Os três foram salvos de uma encrenca devido aos poderes deles e, como que por obrigação, os Maximoff’s foram recrutados para a Irmandade. O jovem Ceifador se sentia desabrigado nesse grupo, todos eram tão egoístas e perversos. O mundo ardia em chamas e se entregava ao Caos, mas ninguém parecia se importar com isso – somente em arrasar como os vilões do pedaço.

Magneto alegava ser pai dos três, havendo uma foto dele com as mães de Wanda e Pietro e a de Nathan, comprovando que os ciganos eram filhos do mestre do magnetismo. Era coincidência, mas haviam provas e até mesmo exames foram feitos – no fundo, o Ceifador sabia que o desespero de Max em provar sua paternidade era por causa dos poderes dos três que, combinados, tornavam eles uma força a ser temida, principalmente Wanda, a Feiticeira Escarlate. Ainda que nunca tenha saído em nenhuma missão oficial – e Nathan agradecia aos céus por isso –, o jovem com poderes de absorção preferia manter-se de fora, apenas treinando seus poderes com os membros da Irmandade.

Agora, o rapaz treinava ferrenhamente com Raven Darkholme, a Mística, que provava ter uma destreza sobre-humana. Ele já havia sido derrubado inúmeras vezes, levando alguns socos e chutes. Apesar do receio em usar os seus poderes, Nathan sabia que dependia deles em suas lutas, principalmente por causa da sua absorção de psique, de energia cinética e de poderes, o que o fazia antever ataques inimigos, dobrar seus atributos físicos ao absorver golpes físicos e, por fim, usar os poderes dos outros. Entretanto, Raven havia sido resoluta em sua decisão: luvas nas mãos dos dois e roupas do pescoço aos pés – o que deixava Nathan muito suado e com o ar-condicionado na temperatura mínima.

— Você luta com as suas emoções. Precisa suprimi-las ou elas irão engoli-lo. Você é um homem ou um rato? — provocou a Mística ao derrubá-lo pela milionésima vez, rindo maliciosamente da figura caída de Nathan.

— Bem... rato eu não sei, mas quem consegue se transformar em um aqui é você. — Rebateu o mutante e, olhando para os seios da outra com malícia, a fez baixar a guarda para verificar se algo estava aparecendo. E era o que bastava. Dando uma rasteira, Nathan a derrubou e beijou-a nos lábios, absorvendo-a enquanto ela tentava empurrá-lo vigorosamente – mas era impedida pelo peso do cigano e por suas mãos enluvadas em seus pulsos.

— Isso é trapaça! — vociferou a ruiva, ofegante e tentando puxar fôlego, seu tom de azul visivelmente mais opaco.

— Olha só quem fala. — Contraindo os olhos em um tom de deboche, o outro saiu de cima e levou um chute no saco, fazendo-o curvar-se e rir erguendo o dedo do meio para a ruiva.

— Aula encerrada. — Olhando-o por cima do ombro, Raven pôs uma toalha no ombro e então foi embora.

***

Passeando pelas ruas do Queens, Nathan tentava usar o GPS para encontrar uma loja de penhores. Segundo sua prima Wanda, havia alguns itens mágicos sendo vendidos em uma lojinha simples, cujo dono sequer conhecia o poder dos artefatos. Aparentemente, era um livro em grego sobre magia divina e um cocar xamânico. Ambos possuíam um poder latente que a Feiticeira Escarlate vira em missões e, gentilmente, pediu ao primo para ir buscar.

— Por que você não vai sozinha? Você altera as probabilidades e vai conseguir se virar... — questionou Nathan mais cedo.

— Sim, mas você tem os poderes da Raven, tenho certeza de que conseguirá mudar a sua aparência. Escute-me, primo: é de vital importância reaver aquilo. Caso aqueles dois itens caiam em mãos erradas, a minha visão vai se concretizar e tudo irá pelos ares. — Pondo as mãos nos ombros cobertos do primo, Wanda sorriu gentilmente e bagunçou os fios do loiro como se ele fosse uma criancinha. Ele gostava daquele carinho, porém como impulso ele tirou a mão. Argh, reflexos da Raven. Ela odiava qualquer contato físico.

Rumando na direção do local, Nathan encontrou a loja e ficou observando-a do outro lado da rua. Ela era pequena, tinha um monte de quinquilharias e sequer parecia ter o porte e a segurança necessária para resguardar dois objetos mágicos de valor inestimável. Olhando para a foto de um modelo qualquer, Maximoff alterou a sua aparência para a de um rapaz musculoso e com quase dois metros de altura, com olhos azuis e fios dourados. Ele era lindo, mas o principal: ele era um atleta, bastante forte e com uma face que exaltava a sua gentileza e ar nobre. A sensação era estranha, porém suas roupas também foram mudando e, tateando o bolso de sua calça, encontrou um pacote de dinheiro. Aquilo era real? E se aquilo fosse uma extensão do seu corpo e depois ele sentisse falta?

Seu celular tocou de repente, fazendo-o engolir em seco e atender o telefone. Era Wanda.

— Alô?

— Primo?!

— Oh, sim, é — batendo a mão na testa, o rapaz lembrou que estava com outra voz. Voltando à sua forma verdadeira, o dinheiro desapareceu da sua mão. — Sou eu, é que eu estava mudando a minha aparência.

— Saia daí agora! Em breve assaltantes irão chegar aí para pegar o item, eles trabalham para uma máfia. Você não será páreo para eles, Nathan.

Do outro lado da rua, uma van preta chegava com seis pessoas, sendo uma delas uma mulher que, a julgar pela cara fechada e a forma enérgica com a qual ela falava, deveria ser a líder. Nathaniel averiguou, tentando ver alguma brecha, porém eles todos usavam uniformes tipicamente negros e à prova de balas, com armas em seus coldres, inclusive. Em ocasiões normais, Maximoff jamais enfrentaria aquele grupo, mas agora, movido pela arrogância de Raven que dominava sua mente, ele simplesmente tacou o foda-se e foi rumo ao perigo, sem se importar com as consequências.

Transformando-se em um beija-flor, Nathaniel tentou se acostumar com as asas extremamente velozes enquanto se dirigia para o local. Por detrás do balcão, o chefe do estabelecimento mantinha as mãos ao alto, enquanto era rendido por dois homens. A chefe estava com mais dois ao fundo, com uma mochila nas mãos da líder enquanto tratava de arrombar o cofre para pegar os itens. O último homem estava localizado na porta da lojinha, verificando possíveis suspeitos ou clientes para poder espantá-los. Perfeito.

Acima da saleta onde ficava o cofre, Nathan retornou à forma humana e demonstrou uma agilidade que ele sequer sabia existir. Aparentemente, agilidade sobre-humana estava no pacote dos poderes da vilã azulada. Dando duas piruetas em sequência, na última os pés foram de encontro a um dos capangas, lançando-o contra uma parede. A líder, astuta e arregalando os olhos em surpresa, carregou as mãos com suas chamas, entretanto, o Ceifador abriu um perfeito espacate e esticou os seus braços que, como elástica, se esticaram para acertar a mulher. Atingindo-a no peito, a mulher foi jogada contra o homem anteriormente acertado. Os dois se desequilibraram, caindo um por cima do outro, enquanto o terceiro capanga ia na direção de Nathan.

Saltando por cima de uma mesa no meio da sala, o mutante deslizou como sabonete molhado, seus pés encontrando o rosto e o peito do homem o lançando pelo vidro, caindo próximo do dono do estabelecimento. Os três homens restantes surgiram já armados e prontos, entretanto o loiro pulou pela janela para dentro do escritório, tocando a pele da mulher desacordada com poderes sobre as chamas. O festival de balas começou perfurando o concreto da parede e atingindo o cofre, enquanto Nathan desviava das mesmas ao se transformar em uma mosca e sobrevoar acima dos três homens armados. Ao ver o dono da loja caído, um fogo se iniciou dentro do mutante e, retornando à forma humana, ele estendeu as mãos, ateando fogo aos três e então indo até o homem.

— Você está bem? Eles estão aqui atrás de dois itens raros, é um livro e um cocar indígena. Sabe onde estão? — Aproximando-se do homem, ele evitou tocá-lo para não piorar a sua situação. Entretanto, ele precisava de cuidados médicos, incluindo massagem cardíaca e respiração boca a boca. Desesperado, o loiro se debulhou em lágrimas, tentando sutilmente tocar no homem, mas ele arregalou os olhos, piorando ainda mais. — Merda! Me desculpe!

Chorando, Nathan sentiu os olhos arderem e encarou o homem dar seus últimos suspiros, enquanto o alarme de incêndio disparava e água era irrigada na loja para aplacar os três homens carbonizados. Ele não conhecia o senhor, mas se sentia responsável por ele. Vidas poderiam ter sido poupadas, mas o egoísmo daquelas pessoas havia provocado a morte do idoso. Quando aquilo iria parar? Limpando as lágrimas, Maximoff foi até a sala, dando um soco num dos homens que começavam a acordar. Tocando nos três bandidos adormecidos, absorveu suas forças físicas e, absorvendo-as, conseguiu arrombar o cofre com três socos. Pegando os itens, o Ceifador se dirigiu à saída, pondo o livro e o cocar dentro de uma mochila e assumindo uma nova identidade.

***

Em casa, deixou os objetos sob a posse de Wanda e tirou um tempo para descansar. Ele precisava recuperar as suas forças.

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