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Mensagem por Daniel Frost Sex Ago 30, 2019 5:01 pm

Código:
Missão 8 - Salem


Data: 15/01/20
Descrição: um peão se mostrou ser um infiltrado da CIA, e ele foi para Salém se encontrar com seu superior para passar um pen-drive com informações primordiais sobre o grupo. Encontre-o e o impeça.
Requisitos: ser do Clube do Inferno
Concluída por:

white king

Daniel chegou um pouco atrasado para o encontro dos reis e rainhas do Círculo Interno, mas ainda chegou em tempo para pegar o início do assunto. Ele sabia que se tratava de uma reunião urgente, porém não conseguiu desgrudar-se de Wagner até notar ter se atrasado. Como um bom rei, ele sequer pediu desculpas; sentou-se em sua característica poltrona branca de couro e se esparramou, atento a um dos bispos que falava sobre o problema da vez.

— Como dizia anteriormente, Sr. Frost, hm, er, temos um infiltrado em nossa organização. Ele era um peão branco e infelizmente foi flagrado por nossas câmeras fugindo com uma pasta recheada de dinheiro, além dele ter sido pego pelo nosso sistema hackeando um de nossos computadores restritos. — O bispo, uma figura irritante e obsequiosa, tinha aquele seu aparente tom de bondade, somente para esconder uma serpente pronta para atacar.

Rolando os olhos, Daniel encarou a mesa redonda e percebeu os olhares de desconfiança e desaprovação. Ele não precisou usar de sua telepatia para constatar que todos o acusavam aos gritos em suas mentes. Sua reação foi um mero entrelaçar de dedos.

— Você é a minha torre, seu dever não é recrutar e treinar os peões brancos? Deveria ter suspeitado de algo assim. — Cruzando as pernas, Daniel soergueu uma sobrancelha e deixou o homem acuado, cuja reação foi olhar rapidamente os outros e desviar a cabeça.

— Ele era um agente da CIA recolhendo informações sobre nós. Ele acabou pegando informações sobre nós em um pen-drive e saiu apressadamente. Como somos espertos, deixamos rastreadores nas vestes dele, então conseguimos localizá-lo indo para Salem.

Rolando os olhos, Daniel ficou de pé e então ajeitou sua capa branca, dando uma última olhada para os outros antes de prosseguir. Foi então que um dos presentes levantou a seguinte questão:

— Você é o Rei Branco, Daniel, nós precisamos de vocês aqui, deixe que outros peões leais nossos vão atrás dele.

Com uma risada debochada, Frost demonstrou uma clara faceta de arrogância mesclada com pura ironia ao cruzar os braços, expondo seu corpo através da camisa branca de renda que exibia seu tórax e abdômen.

— E deixar que arruínem tudo? Não, muito obrigado. Esse problema eu vou lidar sozinho.

***

Seu voo até Salem foi breve, porém gratificante. Os corredores do Clube do Inferno quase sempre possuíam pessoas à espreita, tramando contra Daniel ou desejando avidamente pelo seu fracasso. Seria até mesmo lógico o loiro cogitar que Cinnaman havia sido o responsável por trazer um infiltrado da CIA no seu tabuleiro do Círculo Interno, tudo no intuito de difamar a imagem do Rei Branco. Nada podia ser descartado naquele ninho de serpentes e paranoia se provava certa quase sempre.

De olho no seu celular, Frost observava que o homem estava hospedado em um pequeno hotel de quinta categoria em frente a um cemitério supostamente amaldiçoado – segundo as lendas locais. Dentro do carro alugado, o loiro observou todas as luzes apagadas exceto uma, provavelmente era ali que o peão traidor estava à espera de algum parceiro para passar as informações. Com sua telepatia, Daniel transportou sua psique para o quarto pequeno e conseguiu se conectar à mente alheia.

Seu verdadeiro nome era Edward Mills e ele era um agente de alto nível na CIA, cuja missão era se infiltrar no Círculo Interno por tempo o suficiente e descobrir os segredos ocultos do grupo de vilões, reportando-os às autoridades. Para manter seu disfarce, ele não entrou em contato uma única vez, somente indo para Salem para reportar todas as suas descobertas colhidas em um pen-drive que ele possuía, onde estavam diversos projetos do Clube do Inferno contidos ali – e a maioria era suficiente para condenar Daniel e todos os outros à prisão perpétua. Como um bom Rei, Frost preferia confiar em sua intuição e não dar poder aos outros ao seu redor.

— Achei — comentou o loiro massageando as têmporas, saindo do carro e enviando poderosas rajadas telepáticas para o espião, afetando-o e lhe derrubando. Podia ver pelos olhos do espião que ele estava tendo terríveis tremores e espasmos físicos. Ainda atravessando a rua, Daniel lhe falou: — Escute-me, querido, você pegou algo que me pertence, então por que não resolvemos isso como adultos, hm? Devolva o pen-drive e eu deixarei você ir, desde que não apareça mais no Clube do Inferno ou dê indícios de que está vivo. O que acha disso? — enviando a mensagem via telepatia, Frost fitou o segurança, que assentiu e abriu a porta para ele sem questionar nada.

— Quem está falando isso? O que você quer? Espera... Frost? — falou o outro olhando para o teto e até mesmo cutucando os ouvidos procurando por algum tipo de aparelho de comunicação. — Oh, telepatia...

— Que menino esperto! — debochou Daniel com um sorrisinho. — Então, temos um acordo? Deixo você viver e em troca todas as informações do Círculo Interno ficam comigo. Minto dizendo que te matei e você some do mapa, morrendo. De forma figurada, claro.

O outro pensou, avaliando a vida que tinha com sua jovem namorada Abigail e o filho que ela esperava. Ele tinha muito pelo que perder. Tinha uma mãe com câncer num hospital e sua vida de agente era o sonho que ele sempre quis. Ele precisava completar a sua missão, porém ele não queria ter de perder sua vida ou viver o resto da sua vida em coma induzido telepaticamente. Ele xingou Daniel em sua mente, enquanto coçava a nuca e os antebraços pensando numa solução. Enquanto isso, Frost já subia as escadas e rumava para o corredor em busca do quarto 16.

— Tic-tac, Edward.

— Como sabe o meu nome?! Ah, esquece, telepatas! Sai da minha mente!

— Sabe que eu não posso. E, além do mais, preciso de uma resposta. Agora; abra a porta. — Parando em frente à porta, a mesma foi aberta por um Edward ainda nervoso.

Ele deixou o loiro entrar, parecendo bastante confuso e ainda pensando em todas as alternativas. Havia um revólver numa mesa, assim como o distintivo de agente da CIA, uma maleta com dinheiro que ele pegou do Círculo Interno e um hambúrguer comido pela metade – mas nenhum pen-drive à vista. Daniel passou direto pela mesa debaixo da janela, enquanto fechava as cortinas e deixava Edward ainda mais tenso.

— Pode ficar com o dinheiro, mas eu quero todas as informações aí. Você vai mudar de nome e sair da CIA. O dinheiro que está nessa maleta pode pagar tudo relacionado à cirurgia da sua mãe, as despesas com seu filho que está prestes a nascer e, se ainda não for o suficiente, eu lhe pagarei o quanto quiser. Mas as informações do Círculo Interno ficam comigo. — Com segurança na voz, Daniel sentou-se na beirada da cama do outro, enquanto ele estava de pé ainda fitando Frost como se ele fosse uma aparição fantasmagórica.

— Por que não me mata? Sei que vocês são capazes disso.

— É, eu poderia mata-lo do outro lado da rua, somente ajustar a intensidade das rajadas psíquicas e, em segundos, você passaria o resto da sua vida em estado vegetativo. Ou iria direto para o cemitério do outro lado da rua. Mas eu não desejo isso, quero que viva e que receba documentos que eu lhe mandarei, coisas secretas que ninguém mais sabe sobre o Círculo Interno. Quero uma garantia de que eu não vou me foder quando resolver trair aquele ninho de serpentes. — Daniel se pôs de pé, pegando na mão do outro e sorrindo para o mesmo com certa intimidade.

— Eu não confio em você. Isso ainda é estranho.

— Ótimo, é bom que não confie. Siga a sua intuição, Edward, e nunca, jamais, confie em ninguém. Agora, volte para a sua vida comum e espere por mesadas caras e documentos confidenciais. Na hora, ou caso aconteça alguma coisa comigo, libere tudo para os chefes na CIA. Estamos entendidos?

Edward assentiu, olhando para a maleta e sentindo remorso por tê-la pego. Mas sua mãe estava doente demais, ela precisava de dinheiro e o seu salário não era suficiente para cobrir tudo. Sua esposa e seu filho precisavam de mais do que um apartamento pequenino. Ele era ruim ou desumano por ter tentado se dar bem?

“Não, não é, querido. Faça bom uso do dinheiro e espere que eu enviarei mais quando não tiver o suficiente. Você é bom, Edward” comentou Daniel na mente do outro, piscando o olho enquanto recebia o pen-drive. Descendo as escadas, Frost pensou nas possibilidades. Ele poderia ter uma família algum dia? Filhos? Um marido bom e justo? Wagner não parecia ser bom o suficiente para ficar ao seu lado, ele nunca havia citado nada sobre ter filhos e o Círculo Interno jamais iria deixa-lo viver tranquilamente sem persegui-lo.

Dirigindo rumo ao aeroporto, o loiro pensou sobre como Edward tinha sorte de ter uma mãe que o amava mais que tudo, uma esposa e um filho. Ele era realmente abençoado. Se a vida de Frost fosse diferente, só um pouco mais justa, ele poderia estar com uma família de verdade também. E talvez, somente talvez, ele fosse um pouco mais feliz.
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「R」
Daniel Frost
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