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Mensagem por Dimitri Pavlov Dom Jul 14, 2019 8:01 pm


i.a - o não tão grande inimigo desconhecido


A pequena criatura pálida possui um olhar vazio. Os orbes claros como o mar trazem-lhe uma certa beleza, mas entram em contraste com as manchas arroxeadas que se localizam abaixo de seus olhos. Não dorme direito há muito tempo. Tem medo de ser encontrado. Tem medo de ser levado de volta para o lugar que o moldou. Tem medo de virar, novamente, um passarinho preso dentro de uma gaiola.

Está tremendo de uma maneira que sequer pode ser explicada. – Chertov! – O xingamento escapa de seus lábios. Solta um suspiro pesado e consegue ver a fumaça clara sair de sua boca.

– Hey, garoto! O que está fazendo aqui? – Uma voz masculina o chama, fazendo-o girar sobre os próprios pés. Bem próximo de si, está um rapaz alto, gordo e de pele clara. Os cabelos são curtos. As írises castanhas repousam em Dimitri, analisando-o com certa expressão de divertimento. – Você está tremendo, hm... Vamos para a minha casa. – A mão do rapaz vai de encontro ao bolso direito e, lentamente, ele começa a retirar algo.

Uma arma.

– Prometo te dar uma noite bem quente. – A risada baixa e travessa escapa da garganta do desconhecido. Dimitri não demonstra qualquer reação – exceto de um gesto pequeno, mas significativo: o semicerrar de suas pálpebras. O menino põe-se a observar as vestimentas do rapaz e um suspiro pesado escapa de seus lábios. – Sinto muito, mas passo seu convite. – Dá de ombros e dá as costas para o mesmo, voltando a realizar seu trajeto.

É apenas mais um de seus joguinhos.

É apenas mais uma de suas mentirinhas.

Afinal, sua língua de prata é capaz de criar mentiras e situações que sequer existem ou jamais seriam necessárias de existir. Por que dar as costas para alguém que pode ser assaltado facilmente?

Um som ecoa pelo local e de súbito, congela no meio do trajeto. Rodeia o seu próprio eixo lentamente e engole em seco. A arma está apontada para si, em direção a sua cabeça, mais especificamente. – Vamos comigo. Ag... – A frase não é encerrada. O homem é derrubado contra o chão, fazendo o mutante dar alguns passos para trás.

Há um corpo metálico em cima do mesmo. Os gritos dispersam pela rua vazia. Um líquido vermelho e espesso se espalha pela calçada, mesclando com as vestes do rapaz. – Não! – A mão de Dimitri é levada para a frente, lançando uma rajada concussiva contra a criatura desconhecida. Como consequência, o ser desconhecido é arremessado a alguns metros de distância do homem.  

Bufa, irritadiço, e puxa o seu assediador para perto, fazendo questão de que ele arraste a cabeça contra a estrutura rígida e gélida, parando somente quando fica próximo de seus pés. Pavlov lança um olhar furioso ao rapaz, mas não tem tempo – a criatura metálica corre em sua direção. Sem hesitar, avança em direção a mesma, lançando mais uma rajada telecinética, derrubando-a. – Ó, meu querido, eu amaria ver você destroçando esse cara, mas com certeza, eu quem serei procurado.

Os passos do jovem são rápidos e então foca toda a sua atenção no ser que tenta atacar o humano. É um robô.

O cenho é franzido, a confusão fica visível em sua face. – Quem é você? Quem te enviou? – Com o auxílio da telecinese, faz o androide se erguer – havendo certa dificuldade. Poderia continuar tendo controle da situação, mas uma tosse o faz levar uma das mãos até a própria boca, na tentativa de realizar o gesto educado de abafar o som e impedir de que a doença passasse para outros. A gripe está piorando.

Bem, continuará piorando se sair vivo, pois o robô avança contra si e o arremessa para longe.

Arfa, deixando um gemido de dor escapar de seus lábios. Tudo começa a escurecer, mas se levanta, graças ao seu instinto de sobrevivência. Os orbes azulados repousam no ser inanimado que avança contra o humano. – Desiste logo desse pedaço de bosta! – Outra rajada cinética para derrubar seu oponente.

O homem consegue se erguer e começa a sair correndo, gritando para todos os cantos. – Muito obrigado por me deixar sozinho. – A ironia é visível na voz de Dimitri. Anda lentamente em direção ao robô e, dessa vez, não o dá a oportunidade de se erguer. As duas mãos são direcionadas no rumo da extremidade superior da criatura – que poderia ser considerada a cabeça – e, lentamente, começa a separar a parte do restante do corpo.

Em alguns segundos, o androide está destruído.

Respira, aliviado, e então se ajoelha, deixando os dedos da mão direita deslizarem pela carcaça metálica do mesmo.  Olha ao redor e então se levanta, bufando. – Eu só queria uma blusa. – Põe-se a caminhar rapidamente, abaixando a cabeça para não identificado.

MONTY
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Mensagem por Powers Of X Dom Jul 14, 2019 9:05 pm

MISSÃO CONCLUÍDA

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