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Pumped Up Kicks

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Mensagem por Gilliard Sawyer Seg Jul 29, 2019 12:04 am

I do not sniff it or roll it


Não sabia muito o que esperar da Academia X na minha folga e final de semana, parecia a união de todas as minhas ocupações como humano e mutante separados. Indo para a cozinha comer como qualquer outro dia, encontrando com alguns alunos no caminho que não me conheciam e vice e versa, não era como na escola que tinha ofensas e um tipo de hierarquia com fama. Ali era diferente, talvez porque morávamos juntos e se tivéssemos problemas, a resolução poderia não ser agradável. Era uma versão de filme escolar dos sonhos, cada um com sua tribo, não nos misturando e sem incomodar uns aos outros.  

Uma conversa que eu não entendi sobre alguma aula dali de dentro, como era mais velho isso com certeza não fazia o menor sentido pra mim. Segui com o meu café fresco e dois pães, evitando ouvir a conversa alheia e pensando mais no que poderia fazer naquele dia sem ter a necessidade de sair dali. Pouco tempo depois, tendo terminado de comer e voltava para o quarto quando uma das meninas que via falando com Oliver diversas vezes me parou no corredor. Haviam tido uma visão sobre um evento em Boston, muitos mortos numa escola e muitos policiais fazendo merda sem terem noção da melhor forma de agir.

“Não é uma missão com poderes que exigiria uma equipe e nesse momento você é o único ativo presente.” Eu desviei o olhar para meu quarto ouvindo essas palavras sentindo um misto de orgulho e vergonha porque não tinha me colocado nessa posição antes daquele momento. Avisei pra garota que ia pegar minhas roupas e a mesma me entregou um envelope com dinheiro e o local do ocorrido. Coloquei meu uniforme “padrão” debaixo das roupas comuns, e sai da mansão com um dos carros até o aeroporto e peguei um voo para Boston. Não seria nada muito longo de verdade, usei o tempo para pensar no uniforme como quase toda vez que estava à toa e um pouco no que falaram da visão pra mim.  

Meus poderes eram com plantas e um outro diferente sem muita abrangência ainda que não modificava meu corpo. Talvez uma manga curta já facilitava a transformação dos meus braços em galhos que me era úteis quase toda vez. Sem nada muito além disso aparentemente, talvez uma máscara porque eu ainda saia na rua sem ficar me escondendo como uma celebridade. Pelo menos por enquanto ainda não precisava me esconder, era um “mutante ativo” como aquela garota dissera, mas isso basicamente pela minha habilidade com os poderes não ser tão básica para alguém que se esconde.

Meneando com a cabeça a ideia ainda básica e crua enquanto assistindo um filme aleatório com fones disfarçando meus devaneios. Prestando um pouco mais de atenção no que deveria estar vendo, era Anjos da Noite, um filme sobre vampiros e lobisomens numa guerra antiga sob os olhos da humanidade. A roupa da atriz e a sua forma de agir atrás dos lobos me fez pensar em como usar de distração para pegar os estudantes armados, precisava de algo mais do que a minha cara de jovem e as possibilidades fitocinéticas.  

Após aquele primeiro filme de uma saga, veio uma sequência de filme de terror, seguindo o primeiro exemplo cinematográfico estava assistindo ao primeiro Pânico. Acompanhando aquela estrutura de assassinatos bem elaborada por dois amigos, tendo preparado até mesmo a desculpa para apenas os dois ficarem vivos no final. O voo acabou e me lembrando dessa criatividade jovem para armar coisas macabras serviria para não subestimar os alvos, isso mais do que o histórico de violência em escolas com armas.

O destino já parecia ter alguma fama na mídia, vi o endereço na legenda como o que a mutante me entregará na mansão. Talvez não fosse antes do ocorrido, mas ainda poderia evitar o dano completo daqueles garotos aos reféns. O táxi parecia nervoso e cheio de opiniões recolhidas de clientes anteriores sobre os garotos, minha cabeça parecia um diário de versões sendo uma mais diferente que a outra. Arqueando as sobrancelhas a cada mudança drástica entregando que as ideias que ele falava não pertenciam perfeitamente a ele, a menos que ele tivesse alterações de humor rápidas o que tornaria o emprego dele muito arriscado.

A viagem repleta de opiniões chegou ao fim quando as sirenes tomaram conta e o motorista teve de parar pelo movimento das pessoas no caminho interrompendo uma distância menor para ele estacionar. Confirmando com a cabeça que o trabalho dele estava muito bom mesmo que até ali, então o paguei e me despedi indo para um local onde pudesse ver melhor a entrada da escola. Ela estava cercada, então sem entrada dos fundos, ou algum ponto cego pelo telhado senão chamaria a atenção para um mutante intrometido em um caso de adolescentes armados.

Portas de madeira provavelmente bloqueadas, as salas à vista não pareciam ocupadas e nem visadas para uma entrada abrupta sem conseguirem uma linha direta de comunicação com quem está lá dentro. Segui até um grupo de jovens bem preparados para o que imaginei ser quase sorte, eles tinham binóculos tentando ver melhor os movimentos dos policiais e qualquer coisa através das janelas. Perguntei o que eles viam e se eu poderia ter um vislumbre do que acontecia ali dentro, como nada ocorria de diferente, o mais baixinho apenas me estendeu o item para eu ver o “nada” acontecendo.

Sorri com aquele gesto insignificante para o mesmo, mas que me era útil de formas que ele não entenderia ainda. Realmente as salas estavam vazias, não destruídas, ou bagunçadas, apenas sem ninguém como fora do expediente de aula. Devolvi o item e fui para fora de vista ali na área ainda, atrás de um ônibus escolar sem ninguém perto e saltei para uma das salas no segundo andar. Segurei a respiração e logo viera a puxada de ar me levando para o novo local. Olhei envolta aquele ambiente intoxicante chamado ensino médio, o fedor de nervosismo antes da vida e aquele sabor novo de perigo.

Sai da sala com cautela pelo barulho que eu faria e possíveis patrulhas pelos corredores, na ausência de ambos pude ir atrás de cada sala procurando algum sobrevivente. Nas salas de aulas não havia ninguém vivo e nem morto, não sei se me tranquilizava, ou me sentia mais em alerta. Havia uma barreira em uma porta, tentei forçar com o braço e o pé, mas nada funcionava e pelo vidrinho na altura dos meus olhos nada dava para ser visto. Teoricamente teria gente escondida ali que não sairia facilmente, arqueei a sobrancelha direita colocando minha máscara no rosto e estendi minha mão direita para a porta.

Galhos tomaram conta, foram surgindo até não ver mais minha mão e logo cresceram o suficiente para empurrar a porta com força os esforços para frente. Gritos baixos foram abafados e entrei pela abertura olhando quem estaria ali. Era uma típica sala de química, mas algo vinha na minha direção, saltei para o outro lado da sala atrás da primeira bancada e me virei para o atirador. Sorri apoiando meus braços na bancada e neguei com a cabeça: - Que rude. Sei que um mutante não é a primeira escolha do dia, mas seja gentil.

Achei que pudesse contar os escondidos, mas apareceu umas três pessoas debaixo de cada bancada, e mais algumas pessoas escondidas da mesa grande do professor ao fundo, o atirador já de pé e à frente deles sem graça. Saltei novamente para a porta e avisei olhando para trás: - Vamos logo, venham. Tenho de tirar vocês daqui para não ter ficarem pra trás. - O atirador sorriu daquele jeito irônico como um desafio: - E porque deveríamos seguir você mutuna? - Meu peito criou uma casca de árvore enquanto respirava fundo e voltei a encarar o mesmo um instante. Olhei envolta para os olhos e dei de ombros:  

- Não estou mandando em ninguém, vim lidar com os garotos armados, se prefere ficar aqui escondido com fome, sede e tremendo por qualquer ruído, ou barulho fique à vontade. - Gesticulei com a mão pela sala e então percebi o ocorrido, tinha de ajustar o final do comentário. Sorri e voltei a encará-lo com um pouco mais de malícia: - Isto é, não nessa sala que eu desprendi a porta do lugar, vai ter de fazer a barricada em outro lugar. - Dei de ombros e olhei ao redor para os olhos: - Sintam-se livre para ficar aqui espremidos em meio ao medo, ou virem comigo e sair daqui agora.

O resmungão não tinha argumentos para aquilo, deve ter borrado as calças e qualquer coisa fora daquele momento esquisito de medo mesmo com o seu preconceito não era como se ele tivesse escolha para pensar sobre. Era no final do corredor, seguimos juntos até as escadas e em seguida até a porta principal de madeira que vi de fora. Ela estava como eu imaginava, bloqueada com um machado de emergência e só bastava retirar ele dali para o grupo passar por fim como o início das férias, correndo desesperadas doidas para cair fora.

Confirmei com a cabeça percebendo que aquele era apenas um grupo e ainda tinha de achar os outros ainda presos pela escola. O preconceituoso esperou os outros irem embora para me avisar: - Se vai mesmo enfrentá-los é bom que saiba, eles foram em cada sala levando todos que encontravam para algum lugar aqui embaixo. - Ele desviou o olhar e gesticulou para as costas dele com um corredor vazio: - Podem estar na quadra, dependendo de quanta gente eles conseguiram buscar pelas salas que abriram.

Confirmei com a cabeça e entreguei o machado pra ele indicando para a porta: - Obrigado. Agora caí fora daqui. - Ele fez aquela cara de antes e saiu dali sem olhar para trás. Avancei pelo térreo olhando como no segundo andar, sala após sala, todas abertas como a indicação do garoto. Minhas suspeitas iam para salas maiores para agrupar mais pessoas e ter mais segurança de se esconderem para segurar as portas se necessário. Outros dois laboratórios passaram e ambos vazios, mas na biblioteca a teoria se provou certa. Ouvi choros ainda sem entrar nela, abaixei minha mão esquerda esticando como cipós prontos para erguer os jovens para cima.

Me surpreendendo ao virar a porta para duas pessoas sangrando no meio das mesas por tiros provavelmente e arregalei os olhos perguntando: - Eles estão aqui? - Me negaram com a cabeça e logo algumas pessoas apareceram entre as estantes querendo saber quem era. Retrai meus dedos e avisei: - Estou aqui por eles, qualquer coisa sobre eles já vai ajudar. - A garota com uma bala no ombro esquerdo tossiu e começou a dizer: - Eles estavam indo atrás de grupos para levar provavelmente para algo grande, devem querer matar todos de uma vez. - Confirmei com a cabeça juntando as coisas do outro garoto e formando um caminho de atitude que eles tomaram.

Indiquei o corredor para eles se ajudarem e conseguirem sair, a porta principal estava aberta então poderiam sair livremente por ela. Segui o grupo pela retaguarda dele ficando de um lado do corredor caso houvesse uma surpresa armada, e com dois feridos minha preocupação era maior ainda com eles chegando na saída e receberem a ajuda adequada. O caminho servira para eu rever meus passos mais uma vez com todas as salas verificadas, dois locais com pessoas escondidas e talvez o horário que eles “atacaram” não permitiria mais pessoas naquela escola.  

Sem mais locais para verificar, só faltava um local, mas não ia apenas entrar lá sozinho sem um plano. Um dos garotos caminhando tinha uma camisa daquelas de time e o chamei para trás tirando umas dúvidas. Onde ficavam os vestiários, se havia mais de uma entrada na quadra, alguma outra saída dali tirando a porta que estavam levando-os. Caminho recebido, havia sim outra entrada no local e outra saída daquele lugar. Confirmei com a cabeça agradecendo a ajuda e deixei que ele se unisse ao grupo podendo enfim sair pela porta.

Suspirei ouvindo mais alarde das pessoas do lado de fora com mais reféns escapando com alguma ajuda surpresa que eles não tinham ideia real de quem era. Virei as costas para a porta e fui até a sala do diretor, saltando para dentro da sala e abrindo o computador. Sorrindo com a ideia que tive, procurando um daqueles clipes quase infinitos no Youtube de uma música específica: Hi Bich da Bhad Bhabie. Pausei o vídeo no início, liguei o microfone e aumentei o volume de ambos, sorrindo malicioso com a atenção atraída deles para fora da quadra.

Suspirei um pouco e liguei o vídeo, parecia quase um espírito tomando conta do lugar, ou melhor, a voz do Voldemort por Hogwarts bem estranho e perturbadora, mas a música suavizava a peculiaridade do momento. Em frente, pulei para fora da sala e mais uma vez para o fim do corredor, poupando passos cautelosos repetidos, seguindo para o outro corredor inexplorado. Entrando agora no vestuário e percebendo o primeiro ataque deles, todos do time ali que provavelmente iam treinar estavam mortos.

Corpos de diversos garotos com short azuis e blusas brancas com os detalhes em azul e branco com o emblema do time. Furos no peito, pernas, pescoços e quase uma única poça de sangue deles se unindo onde uma ficava mais menor. Aquilo realmente não era agradável, olhei para um ponto “limpo” e saltei para o outro lado do local, olhando envolta e percebi o treinador e algum ajudando dentro da sala dele provavelmente pego de surpresa. Haviam algumas perfurações nas paredes e armários, dava para notar diferentes armas ali com os alvos.

Notava todo aquele dano feito quando a porta da quadra abriu, me abaixei para baixo da janela na sala do treinador e o escutei caminhando pelo vestuário provavelmente indo atrás do barulho. Respirei fundo esticando meus dedos da mão direita em galhos finos como lâminas, com cautela observando pela porta o mesmo seguir o caminho dos corpos. Prendi a respiração e saltei para atrás dele, quase como aquela cena do diretor em Pânico. Saltei fazendo um barulho baixo no ar, o fez se virar, mas não tempo suficiente para ele agir porque já estava com a mão estendida e os dedos perfurando-o.

Engasgou em seu próprio sangue, com o indicador perto daquela parte mais funda no pescoço abaixo do pomo de adão. Engoli em seco percebendo a vitória não necessariamente agradável e retrai os galhos para o tamanho dos meus dedos normais. Os outros falaram que eram apenas dois armados, dava para lidar com apenas um naquela quadra toda. Um grito chamando por “Mark” e rapidamente ouvi os avisos para “eles” não se mexerem. Arregalei os olhos e encarei o outro garoto entrando ali, tentando me tornar de galhos embaixo das roupas assistindo o outro me encarar aos poucos com a virada de cabeça.

Não identifiquei quem estava mais assustado ali, a arma foi se levantando para mim e antes de ver a mira para mim me coloquei dentro da quadra entre e as outras pessoas. Os dedos esquerdos se alongaram e chicotearam o garoto para o canto direito da quadra. Estava assustado e o risco de estragar o resgate era grande, haviam muitas pessoas ali. O corpo foi voando até a parede com o arremesso, sem tiros feitos e me tranquilizando um pouco até que caiu no chão novamente. Puxei o ar todo que podia e soprei na direção dele, paralisia em minha mente e efeito instantâneo ao toque.

Foi realmente como pétalas de rosa nos efeitos de alguns desenhos, pequenas partículas brancas de algo estranho para os outros. Saindo da minha boca e braços como um cheiro exalando com uma única direção: o garoto armado que eu joguei na parede. Como um furacão os esporos o rodearam e aos poucos foi sumindo de vista, ou seja, fizeram contato completo. O garoto tentou levantar e logo caiu pra frente como se tivesse tropeçado, mais algumas tentativas se arrastando e então parou de se mexer de vez. Me aproximei com cautela dele e o chutei com o pé verificando seu estado para não ser surpreendido, ou que mais alguém se machuque na minha falta de cuidado.

Nada ocorreu, pelo menos por hora os esporos funcionaram bem e tinha a chance de terminar a missão na melhor das hipóteses. Saltei para o outro lado da quadra e como fiz na minha sala, levantando minha mão expondo galhos contra a fechadura bloqueada. Demorou mais que antes, mas logo ela abriu e as pessoas sem nem esperar foram passando por mim e pela porta ficando mais aberta. Sem mais reféns para salvar, eles mesmo cuidaram de se ajudar a saírem dali. As sirenes foram tocando e antes de pensar sobre o assunto avistei um pouco de árvores ao longe sem ninguém ali.

Saltei para um ponto mais seguro e liguei para a mansão reportando o resultado enquanto assistia a conclusão pelos policiais entrando. Foi como ver a notícia em primeira mão, tudo, literalmente tudo foi saindo dali. Desde o garoto ainda vivo, para até corpo após corpo em sacos pretos. Não era bonito realmente e sem chegar a escurecer, pude enfim viajar para a mansão novamente.

Notes: Missão solo  Tagged: Ficha Wearing: Roupa
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Mensagem por House of X Qua Ago 21, 2019 3:30 pm

MISSÃO CONCLUÍDA

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