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[Missão] ilha próxima de Nova Attilan | 20/01/20 às 15:48 | [+18]

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Mensagem por Valeryan Boltagon Sex Ago 30, 2019 1:03 am

medusa
Enquanto saía de dentro da fortaleza Valeryan terminava de ajeitar o colarinho de seu sobretudo. A irritação se apoderava do interior do loiro, o ódio incendiava a sua mente e tudo no que o rei dos inumanos pensava era na tristeza de ter de perder a família. Eles eram Apoleon, Thina e seu filho, Kaluel, eles eram grandes inumanos com poderes incríveis sobre a natureza. Eles tinham como objetivo a visita a uma das ilhas mais afastadas da principal, onde a residência dos inumanos estava sendo criada. As outras ilhotas, no entanto, possuíam menos proteção, não sendo resguardadas pelos dispositivos de redoma. Como a guarda costeira e os agentes americanos saíram, o rei havia achado sensato enviar três fiéis amigos para criarem uma natureza mais desenvolvida na ilha distante. Um erro que ele agora iria reparar.

— Quem são eles, Jonas? — perguntou Valeryan enquanto caminhava rapidamente até a luz solar bater em sua face, a nave que ele usaria já equipada e ligada por dois súditos. Seguindo-o, um dos guerreiros o seguia, parecendo bastante nervoso – dificilmente o Boltagon mais velho era visto irritado, na verdade, era extremamente raro isso acontecer.

— São agentes da X-Factor, eles são um grupo privativo fundado por Maria Magdalena, apelidada como Lady X. Ela foi comprada pelo governo americano e financiada para a captura e a “reeducação” de mutantes. Ou seja: eles são pegos e nunca mais saem.

Imbecis? O que os inumanos tinham a ver com os mutantes? Frustrado, Valeryan abriu a porta da nave e subiu as escadas, fechando a porta e já subindo enquanto Jonas se teleportava para dentro do veículo.

— Senhor, como iremos agir? Não terminamos de construir a ala dos presos e não podemos simplesmente pegá-los e entregar os agentes como meros brinquedos perdidos! Precisamos mostrar ao povo que eles estão seguros! — Jonas estava desesperado, agarrando-se aos braços de sua cadeira enquanto Valeryan dirigia em velocidade máxima e ativava o modo de invisibilidade. — E-eles querem que você entregue um passe de acesso. Basicamente: querem colocar as mãos na nossa tecnologia e ter acesso às nossas cidades. E eles querem exclusividade.

Como eles poderiam ser tão arrogantes? Os inumanos haviam vindo ao planeta não como meros refugiados e imigrantes, mas sim como soberanos. Eles tinham poderes e, caso assim desejassem, facilmente conquistariam os Estados Unidos para si. Sem nenhum problema ou dificuldade no caminho dos Boltagon’s. Eles estavam sendo benevolentes, pegando uma ilha anteriormente suja pelos próprios americanos e havia fundado um lar ali, longe de todos e sem interferir. Como resposta, eles queriam se apossar da tecnologia deles e limitá-los, moldá-los e mandar neles? Não mesmo! Os inumanos no passado haviam sido uma soberania, supremos sobre os humanos, somente tendo de se refugiar na Lua pela ameaça dos krees – os únicos capazes de rivalizar com eles. Valeryan não iria permitir isso, jamais. Tudo o que o governo iria receber dos Boltagon seriam sacos pretos com cadáveres.

A ilha não era muito grande, tendo poucos quilômetros, mas era o suficiente para eles se esconderem. Avistando o iate pelo qual eles contornaram as guardas da ilha principal onde estava a Nova Attilan, Valeryan sorriu de canto, maliciosamente. Ele levantou o vidro que resguardava o botão dos mísseis e, abismado, Jonas arregalou os olhos.

— Senhor?! O que pensa que está fazendo?

— Se fosse o contrário eles atirariam em nós primeiro e perguntariam depois. Faremos o mesmo.

— E se mostrarmos misericórdia? — questionou o desajeitado jovem enquanto os mísseis eram atirados e atingiam o iate, que explodiam numa nuvem negra e laranja de fogo e fumaça.

— Querido — voltando-se para Jonas, Valeryan apenas estreitou os olhos demonstrando nenhum remorso — esse país foi fundado sobre sangue inocente, você realmente acha que eles conhecem alguma língua além da violência?

E Valeryan estava certo. Ele estudou ferrenhamente por dias sobre a humanidade, dia e noite, compreendendo as suas leis, ideologias, história e política. A resposta era quase sempre a mesma: ignorância, vaidade, dominação e guerras. Eles não conheciam a paz e, pior, não ansiavam por ela – até mesmo aqueles que vestiam a bandeira do país e batiam continência eram ruins, pois esses queriam uma paz utópica na qual o bem próprio permanecia em voga, e não o bem maior. E Boltagon faria de tudo pelo seu povo.

***

Tiros eram disparados em diversas direções e, da nave, o scanner identificou duas figuras escondidas entre os coqueiros. Sem pensar duas vezes, Valeryan atirou mais um míssil, gerando mais uma explosão severa que fez uma bola de fogo se erguer aos céus. Havia uma pequenina cabana onde os três inumanos estavam, longe e a salvos – mas ainda sob posse de três agentes da X-Factor. Indo na direção da mesma, ele estava ainda a um quilômetro de distância da cabana quando algo atingiu a parte inferior da nave, deixando-a injuriada severamente. Grunhindo os dentes, o rei apertou os controles, tentando segurar a nave no ar, mas a mesma perdia sua direção e sua invisibilidade era desativada com o estranho impacto.

Enquanto a nave descia velozmente, Valeryan pôde ver o que o derrubou: um dos agentes, tendo não mais do que dezoito anos, com fios curtos e cor de rosa. Ele aparentemente era um mutante e possuía gritos sônicos. Jonas segurou a mão de Boltagon, sumindo em uma nuvem branca de gás quando sumiram da nave. Eles três estavam em uma longa planície arenosa, com o jovem de gritos sônicos a postos entre eles e a cabana.

— Sabe que seus esforços são inúteis, não é? Em breve seremos resgatados e sua cidade irá ruir. Vocês não são bem-vindos aqui, aberrações! — gritava o rapaz de poderes sônicos.

— Você é um mutante e, até onde eu sei, você é uma aberração aos olhos deles também. — Debochou Valeryan enquanto andava de forma bastante tranquila, seus cabelos se estendendo até o solo e, graças a cor clara, se mesclava perfeitamente na areia.

— Mas eu sirvo a um propósito maior! Eu tenho orgulho de servir aos Estados Unidos da América! — o jovem bateu no próprio peito, rindo. Ele realmente parecia ainda mais burro quando começava a falar.

— Você continua sendo uma aberração para eles. Só que nesse caso, uma aberração útil. Uma mera arma. Ao nosso lado você poderia ser maior e melhor. Não temos nada contra os mutantes; muito pelo contrário. Soube que vocês vivem sob um terrível regime ditatorial, enquanto nós deixamos vocês livres, leves e soltos para fazer o que bem entenderem. Somos todos um bando de aberrações lá em Nova Attilan. — Abrindo os braços, Valeryan mostrava a ilha ao seu redor, mostrando todo o potencial que eles iriam desenvolver ali, as cidades, os centros de treinamentos, as fazendas e os laboratórios. Eles iriam ser livres aqui.

— Vocês estão errados, cara, vocês vieram no nosso quintal roubar nossas terras — acusou o moreno.

— Roubar? Quando chegamos aqui encontramos restos de bombas nucleares e radiação suficiente para iluminar todo o estado da Califórnia por dias. Nós limpamos o seu “quintal” e pedimos ele para ser o nosso lar. Se acham ruim, podemos ir para a Rússia, ou quem sabe a Coreia do Norte? Talvez eles nos tratem melhor e consigamos mostrar um pouco da nossa tecnologia para eles, creio que eles adorariam. — Alfinetando todas as convicções, Valeryan levava o seu próprio tempo, caminhando com os braços cruzados para trás e com uma calma típica do Boltagon, ele preparava lentamente o seu bote.

— Olha... — visivelmente menos agressivo, o rapaz parecia um pouco mais cuidadoso na hora de falar. — Não queremos isso, mas vocês precisam dar o braço a torcer, entende? Vocês não podem...

— Falando em braço... — Valeryan animou seus fios e os deixou extremamente cortantes e, puxando-os de debaixo da areia, dois tentáculos finos acertaram os braços do infiltrado em sua ilha, arrancando-os e encharcando a areia de sangue. Em segundos, o rapaz caiu morto, dando seus últimos suspiros de desespero. — Foi uma morte breve. Sinta-se honrado, foi mais gentil do que a morte de meus pais em Attilan. — Alguns fios por cima de seu ombro foram para trás em um jogar de cabelos arrogante, enquanto ele ia na direção da cabana.

Haviam três inumanos sendo rendido por dois agentes, assim como mais dois inumanos do lado de fora. Eles não tinham a menor chance. Além do mais, mesmo que aqueles dois soldados tivessem poderes, eles não seriam páreos para cinco inumanos cheios de poderes. Os três inumanos saíram com as mãos para cima, rendidos e com armas apontadas para as suas cabeças. Um casal saiu; o homem tinha consigo duas armas e a mulher uma espada, aparentemente feita de energia psíquica. Os fios capilares retornaram ao tamanho comum, aproximadamente batendo na cintura do rei de Attilan.

— Estou aqui, pode soltá-los. — Ordenou Valeryan, dando um passo para a frente, porém recuando quando a espada da morena ficou mais comprida ainda e encostou na garganta da criança.

— Você matou três dos nossos e destruiu o nosso iate. Matá-los seria algo bom, huh? Três dos seus por três dos nossos. É justo. — Riu o negro alto, careca e musculoso. Ele encarou a mulher, que riu e criou uma segunda espada psíquica na mão esquerda.

— Você consegue ser rápido o suficiente? — perguntou Valeryan para Jonas, cuja reação foi de espanto diante de tal pergunta.

— Não! Não posso pegar três pessoas ao mesmo tempo! Eles seriam muito mais rápidos — resmungou Jonas baixinho, porém com um pigarreio o rei e seu amigo foram chamados pelo casal.

Ele tinha poucas opções, na verdade. Seus fios agora chamariam a atenção e a mesma armadilha não funcionaria duas vezes. Jonas não era rápido o suficiente e os dois agentes pareciam serem irremediavelmente perversos. Como combate-los? Valeryan ergueu as mãos, assentindo para que Jonas largasse a arma que ele tinha em mãos. O casal se entreolhou, porém Boltagon aproveitou da chance para dar sinal para a família inumana. O menino fez emergirem plantas da areia, enroscando-se nos pulsos da mulher e puxando-a para longe, enquanto o homem teve os punhos perfurados por chifres que crescerem na cabeça do patriarca daquela família. A matriarca, por fim, se pôs de pé e atirou uma espécie de fogo esverdeado que consumiu o casal, carbonizando-os em segundos e fazendo plantas crescerem da carne putrefata.

— Vocês demoraram. Não conseguiram serem mais rápidos? — perguntou a mulher, puxando suas vestes simples de camponesa e revelando o uniforme de espiã. O menino riu, mudando de forma e se tornando um adulto. — Passamos dias aqui, foi entediante!

— Foi necessário, Sheila. Precisavam parecer realmente distantes de Nova Attilan e vulneráveis, sozinhos, preferencialmente. Conhecendo bem o tipo de governo com o qual estamos lidando, eles jamais se atreveriam vir até nossa capital... — Valeryan sorriu, abraçando seus companheiros espiões.

— Vamos, bebidas por minha conta. — Vangloriou-se Brad, o “patriarca” da família postiça.

Juntos, eles foram até uma área mais afastada da pequena cabana e ativaram um botão, fazendo abrir-se no solo uma fenda onde havia uma nave novinha em folha os esperando.
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「R」
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