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Orgulho

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Mensagem por Gilliard Sawyer Dom Jul 14, 2019 3:35 pm

It's time to get up


Indo na casa do meu pai às vezes só para ele ver que eu estava vivo e tinha uma vida além da que ele, ou minha mãe tinham controle era como uma segurança de que mesmo na Academia X, eu poderia me cuidar. Não que eu tenha parado de fazer meus passeios pela cidade, dessa vez era no Brooklyn, havia uma semana de provas e apesar de ser o único fazendo botânica entre meus amigos, haviam matérias que poderíamos estudar juntos. O propósito de estudar em grupo para uma semana de provas era justamente não dormir sozinho e sinceramente estando trabalhando de dia e estudando à noite, isso era mais do que possível.

Havia ficado na casa de Joyce, com Carlos, Stella e Mason e saímos pelo final da tarde com a cabeça cheia e no meio da tarde. Poderíamos ficar mais, mas como todos nós trabalhamos de manhã, ficar estendendo o estudo não parecia uma boa ideia com a semana que viria. Saindo do quarteirão da casa dela, os quatro destinados ao metro para cada um seguir para um bairro diferente da cidade de NY, porém um protesto nos chamou atenção e alguns comentários sobre a discussão ridícula que era feita.

“Isso é uma perda de tempo, não vale a pena querer discutir. Mutantes vão continuar entre nós, não são visitantes, é sorte nascer com um dom.” Mason dizia.

“Na verdade, é um absurdo achar que eles são nossos iguais. Eles têm poderes, podem nos controlar, ou até mesmo matar e sem deixar rastros. Um certo poder nas mãos erradas pode fazer um excelente assassino.” Stella apontou.

Carlos era namorado de Stella e apenas a abraços afastando-a do protesto, sabia da opinião dele e realmente discutir isso com ela ali não ia ser saudável para nenhum de nós. Ela poderia acabar no meio da represália da polícia com eles apenas porque decidiram discutir ao ar livre perto de um protesto. Eu queria pensar que ele era covarde, mas ver as pessoas sendo acertadas com balas que eu esperava ser de borracha me incomodava, nem meus amigos mereciam isso, e imaginava que aquelas pessoas também não.

Uma garotinha abraçou minha perna me trazendo à tona a realidade dos eventos, passando de espectador um pouco. Me abaixando para falar com ela, ela tinha olhos amarelos e pequenas escamas pelo rosto, sorri e perguntei o que houve com ela. Apontando para o grupo ali falando que a mãe dela foi derrubada com um porrete da polícia enquanto ela tentava levar a filha pra fora dali tendo um ataque leve de asma com o grupo muito próximo. Confirmei com a cabeça e avisei para o Mason ficar com ela um pouco, ele não era exatamente um apoiador, mas longe de ser preconceituoso.  

Revendo minhas lembranças sobre ele enquanto ia direto para aquele protesto, lembrava que ele era mais passivo que eu nas discussões, ele reconhecia os mutantes como uma evolução, ou como qualquer outro tipo de grupo lutando por igualdade. A briga realmente já havia começado, a praça estava com sorte, os mutantes presentes não tinham demonstrado nenhum poder realmente destrutivo ainda. E então um terremoto me desequilibrou, sentindo o impacto da minha bunda no chão. Revirei os olhos repensando o ditado de boca grande, porque até em pensamento algumas coisas pareciam possíveis de se realizar.

Cerrei os punhos olhando para trás confirmando com a cabeça para Mason e ele entendeu rapidamente “Tire ela daqui” Menos mal, ele não se metia, mas estava sendo útil. Um mutante com pelos castanhos curtos pelo corpo se jogou em mim pedindo ajuda, o rosto estava com pelos vermelhos e logo com a respiração forte me toquei que era sangue. Virei meu corpo segurando-o assim que vi um policial vindo em seguida com o porrete pronto para repetir a porrada. Soltei o ar do meu pulmão e como um sinal de pare, estendi minha mão esquerda para ele tornando cada dedo um galho que o prendeu e o arremessei por cima da confusão do outro lado da praça.

Engoli em seco com aquilo, não era bem comum eu me mostrar daquele modo, mas a garotinha estava em minha mente com o pedido de ajuda tatuado em meus pensamentos. Bati de leve nas costas do mutante, como um pedido para ele me largar e avisando para ir ao hospital mais próximo. Retraindo meus dedos/galhos respirando fundo e indo em frente para aquela confusão, me empurrando em meio aos mutantes pedindo para se afastarem um pouco dos policiais. Não sendo ouvido por eles a princípio e então algum deles me socou nas costas, meu peito pareceu inflar que por sorte já havia me transformado por baixo das roupas e não doeu tanto o impacto.

Me virando igual a garota do exorcista com um olhar de raiva e soprando esporos causadores de urtiga no mesmo. Tosse e coceira no rosto dele começaram após o contato com a pele, o fazendo se afastar de mim e correr pedindo ajuda. Os mutantes se afastaram de mim tentando começar a brigar por outros lados que eu não estivesse perto para impedir. Aquilo não ia acabar assim comigo sozinho e o tremor iria se repetir logo, mas sem apoio ia ser uma longa repetição de casos isolados de ajuda.  

Apesar de reconhecer certa inutilidade naquela ajuda, não tinha outra versão em que tinha ajuda para aquilo, eles já estavam brigando, não iriam parar depois que começaram. Realmente me colocando naquela situação acho que nem eu recuaria mesmo com um estranho semelhante tentando ajudar. Confirmei com a cabeça aquela certeza e me afastei daquela confusão tentando tornar uma ideia em realidade, trazer uma referência à tona e ver o impacto causado. Passando ambas as mãos no rosto deixando meu rosto mais claro e envolta dele uma madeira mais escura com chifres tortos no topo, uma roupa preta no restante do corpo.

Voltando a encarar aquele protesto e suas represálias, arqueei a sobrancelha direita sorrindo: - Me chame de Malévola, humanos imundos. - Levantei as mãos como garras viradas para cima até a altura do meu pescoço, invocando raízes sob o concreto, tentando criar uma divisão, galhos brotaram entre elas tornando aquela divisão maior e concreta do que apenas uma divisão no chão. As brigas pararam, os gatos pingados logo pularam para seus respectivos lados e alguns perceberam sua origem: a mim. Indiquei com a cabeça para a direita na direção dos mutantes: - Vão embora.

Deixei os olhos mais abertos voltando a encarar os policiais, logo recebendo uma granada de gás no ar e o comentário “Morte aos mutunas.” Movi o médio direito e um galho saiu daquele pequeno muro que criei na praça pegando a granada e estourando-a no ar. Dei um passo na direção deles sorrindo: - É hora de acabar com os ultrapassados. É a vez dos mutantes agora. - Virei as mãos em garras na direção dos policiais e múltiplos galhos partiram contra eles, como um filme de terror em que a floresta ficou viva, ou outra referência.  

Soprando meus poros contra todos, uma dose de veneno de uma planta carnívora, queria deixar todos ali paralisados tendo os galhos já prendendo, ou não, como uma segurança de que não fugiriam. Um ataque perfeito para os manter ali, usando os galhos nos mais afastados e os esporos de paralisia nos mais próximos, fora os galhos em minha defesa com outras granadas. Senti algo como paz em minha mente, um pouco de silêncio no ar com todos eles imóveis e presos depois de alguns minutos, parecia aquele último instante antes de dormir.

Minha garganta parecia cheia como que de catarro em uma gripe, me obrigando a sentar em um banco para respirar um pouco. Desfiz a minha referência mimética de fada das trevas, meu corpo estava cansado, exagerei mais do que devia com eles ali, parecia algum filme com uma parede de galhos e pessoas presas neles, mas não lembrava qual. Consegui me acalmar e quase pronto para me levantar e ir embora, até o sol se foi quando os dois apareceram, era um homem bem forte de camisa amarela moreno claro e quase careca, acompanhado de uma mulher com algumas escamas e olhos de gato verdes.

Minha reação de reconhecer, fez ela perceber que já tinha visto aqueles detalhes dela, sorri e antes dela se desesperar, me permiti sorrir avisando que ela estava segura. Liguei para Mason e o mesmo estava em uma lanchonete com a garotinha esperando que fosse seguro trazê-la. Os dois adultos falaram alguma história sobre eles, que eu estava tão cansado para recordar de tudo. Só lembrando dos detalhes que importavam como a mãe tendo desmaiado depois que a filha correu de um policial e o pai fez o tremor para conseguir tirar a mulher daquela bagunça antes de pisarem nela.  

Mason e a garotinha voltaram, nos cumprimentamos com um aceno de cabeça e ele logo percebeu aquele mural de galhos e policiais presos. Recebi um olhar questionador que apenas desviei me concentrando na família se reunindo, em seguida a baixinha me agradeceu com um abraço e então foram indo embora. Meu amigo se sentou ao meu lado um pouco, ainda calado e com um aceno de cabeça singelo e uma batidinha no ombro avisando para irmos embora. Sorri e saindo dali ouvi um sussurro dele: - Não saberão por mim, mas se cuida. - Nos despedimos e cada um foi para sua casa. Foi divertido para um protesto querendo, ou não. Quem sabe uma vez por mês repetir a dose.

Notes: Represálias  Tagged: Ficha Wearing: Roupa
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THANK YOU WEIRD BY LOTUS GRAPHICS EDITION!
Gilliard Sawyer
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Mensagem por Powers Of X Dom Jul 14, 2019 5:20 pm

MISSÃO CONCLUÍDA

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