[Missão] ruas | 18/jan às 19:47 | [+16]

Percorrendo os corredores com confiança, Valeryan era acompanhado por dois soldados enquanto ia a uma das salas de monitoramento. Inúmeros espiões estavam posicionados ao redor do mundo, vasculhando mais indícios do cristal terrígeno. Se ele pudesse unir os que trouxe consigo de Attilan e os novos ao redor do globo, certamente Boltagon conseguiria ter o suficiente para duplica-lo e espalhar a névoa por todos os Estados Unidos. Já era sabido pelo rei dos inumanos que haviam muitos de sua espécie na Terra, com seus genes adormecidos e apenas à espera de um despertar, e se ele pudesse ativar os genes de pelo menos todos os inumanos de um país... bem, ele não mediria consequências para isso.

— Achou alguém apto para o experimento? — perguntou Valeryan enquanto colocava um fio por detrás da orelha. Harlan assentiu, mostrando num holograma a mulher: ela era negra, com fios compridos e lisos, aparentando ter descendência latina ou indígena. Ela era bastante bonita e, segundo o indicador, uma mutante.

— Foi o que os nossos espiões encontraram. Ela não pertence aos X-Men nem a nenhum grupo mutante, então não enfrentaremos problemas ao lidar diretamente com ela. — Comentou o cientista e também conselheiro de Valeryan, passando várias informações básicas coletadas, como seu nome, endereço e onde estava.

— Certo, iremos atrás dela. Não podemos nos expor, muito menos deixar eles saberem que somos nós os responsáveis pelo o que virá pela frente. Venha, vamos.

E então, o rei e seu conselheiro foram ao encontro da jovem mutante.


A garota havia se descontrolado, aparentemente surtou ao encontrar as garotas que a irritavam no colégio em um shopping. Agora, Amalia havia se transformado em uma lobisomem de pele negra, atacando a jovem e fugindo logo em seguida. Em um beco, Valeryan a esperava.

— E então, Harlan, ela está vindo? — perguntou Boltagon.

— Sim, aparentemente tivemos sucesso em infectá-la com o terrígeno. Ela aparecerá segundo os cálculos de Karnak, e então iremos pegá-la e leva-la para o nosso laboratório. — Harlan assentiu, retirando dois bastões de choque e esperando a figura surgir.

Gritos vieram das ruas, e então lá estava ela. O plano de Valeryan havia sido muito bem elaborado, apesar de simples: encontrar um mutante, infectá-lo com terrígeno e acompanha-lo com um GPS que havia sido também posto junto à pedra – convertida em pó e colocado no suco da menina –, para então eles a pegarem e acompanharem o resultado do experimento.

Os bastões foram atirados com violência e agilidade por Harlan, que correu na direção da garota e a chutou no enorme focinho, enquanto seu corpo enorme e peludo era eletrocutado. Seu corpo caiu inerte, enquanto Valeryan a puxava com seus fios e atirava no solo um chip de teletransporte, que criou um círculo arroxeado que transportou o trio. Na sala rústica de pedras e cheia de aparatos tecnológicos, Boltagon ergueu o corpo e o pôs numa mesa.

— Certo, vamos começar. Abra ela.

E, unidos, os dois começaram a vasculhar a mutante para compreender o que o terrígeno significava para eles.